Trump denuncia "invasão" de imigrantes na Europa durante visita à Escócia
O ex-presidente dos EUA, Donald Trump, critica a imigração na Europa e a relação com a União Europeia, enquanto destaca conquistas no combate à imigração ilegal.

Na sua recente visita à Escócia, Donald Trump fez declarações contundentes, referindo que a Europa enfrenta uma "invasão horrível" de imigrantes, a qual considera uma ameaça fatal. As suas palavras foram proferidas no aeroporto de Prestwick, onde sublinhou os êxitos do seu governo em relação à detenção e deportação de imigrantes ilegais.
"Nos últimos tempos, ninguém entrou no nosso país, fechamos as fronteiras e expulsamos muitos indivíduos perigosos que [Joe] Biden deixou passar. Estão a permitir que o mesmo ocorra nos vossos países", disse Trump, sem identificar especificamente os países em questão.
O ex-presidente também direcionou críticas às turbinas eólicas, mencionando que estas estão a "destruir as paisagens" da Europa. Quando questionado sobre o caso de Jeffrey Epstein, Trump desviou a atenção para figuras como o ex-presidente Bill Clinton, sugerindo que a discussão se focasse mais nelas do que nele próprio.
Chegado à Escócia para uma estadia privada de quatro dias, o líder republicano visitará os seus campos de golfe em Turnberry, onde irá passar o fim de semana. Durante a sua visita, tem agendada uma reunião com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e conversações com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Trump revelou que o acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido está em fase de conclusão, enquanto a possibilidade de um grande acordo com a União Europeia foi levantada. "Com a União Europeia, poderá ser o maior acordo de todos, se conseguirmos avançar", afirmou.
A tensão entre os EUA e a UE aumentou recentemente devido à imposição de tarifas que Trump havia anunciado, dificultando ainda mais as conversações comerciais. A presidente da Comissão, von der Leyen, expressou confiança em discutir formas de fortalecer as relações comerciais transatlânticas.
Em resposta ao aumento da tensão, a Comissão Europeia está a preparar contramedidas que poderão entrar em vigor caso não se chegue a um entendimento até ao dia 7 de agosto. Bruxelas tem preferido uma abordagem negociada e já sugeriu tarifas zero para bens industriais nas transações comerciais com os EUA.