Trump antecipa possível trégua em Gaza num futuro próximo
O Presidente dos EUA, Donald Trump, expressou a esperança de um cessar-fogo em Gaza "esta semana ou na próxima", após conversas com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, revelou hoje as suas expectativas em relação a um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza, afirmando que este pode ser alcançado "esta semana ou na próxima". A declaração surgiu após um encontro com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, em Washington.
No mesmo dia, Eyal Zamir, comandante das Forças de Defesa de Israel, destacou que as operações militares na região contribuíram para criar condições propícias a um acordo.
A reunião, que foi a segunda entre Trump e Netanyahu em menos de 24 horas, focou-se no conflito em Gaza. Trump frisou que, embora existam opções em consideração, "nada é definitivo".
O enviado especial dos EUA para o Médio Oriente, Steve Witkoff, informou que a proposta americana contempla um cessar-fogo de 60 dias, a libertação de dez reféns vivos e o repatriamento dos corpos de nove reféns mortos.
Nas últimas negociações indiretas que ocorreram no Qatar, os pontos de discórdia entre as partes foram reduzidos para apenas um, segundo Witkoff, que não elaborou mais sobre o tema.
Além da suspensão dos combates e da devolução de reféns, espera-se que o acordo promova um reforço da ajuda humanitária em Gaza e a libertação de prisioneiros palestinianos detidos em Israel.
O chefe das Forças de Defesa de Israel, Eyal Zamir, afirmou que as tropas israelitas obtiveram "resultados significativos" na Faixa de Gaza, enfraquecendo as capacidades militares do Hamas. "Graças ao poder operacional evidenciado, foram criadas condições favoráveis à prossecução de um acordo para a libertação dos reféns", acrescentou.
Enquanto prosseguem as negociações e são reivindicados progressos, o Exército israelita anunciou a intensificação das operações terrestres em Beit Hanun, no norte de Gaza, após a morte de cinco soldados em confrontos com o Hamas.
O conflito, que se intensificou desde 7 de outubro de 2023, teve origem num ataque do Hamas em Israel que resultou em cerca de 1.200 mortos, em grande parte civis, e em mais de 200 reféns. Em resposta, Israel lançou uma ampla operação militar em Gaza, que provocou mais de 57 mil mortes, segundo as autoridades locais, além da destruição de grandes infraestruturas e do deslocamento forçado de centenas de milhares de pessoas.
Recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Saar, afirmou que o país está disposto a negociar um cessar-fogo permanente, após um acordo inicial para uma trégua temporária com os palestinianos.