Tragédia na praia de Gaza: ataque israelita provoca 21 mortos
Hoje, um bombardeamento israelita na praia da Cidade de Gaza resultou na morte de 21 pessoas, incluindo um jornalista, aumentando a crise humanitária na região.
Um ataque aéreo israelita na praia da Cidade de Gaza ontem provocou a morte de pelo menos 21 pessoas e deixou mais de 50 feridos, com 25 delas em estado crítico, conforme relatou Mohamed Abu Selmiyeh, diretor de um hospital local, à agência EFE.
A maioria das vítimas eram estudantes universitários que frequentavam a zona para aceder à Internet. Entre os falecidos, destaca-se Ismail Abu Hatab, um jornalista cuja morte aumenta o número total de jornalistas e trabalhadores da comunicação mortos em Gaza para 228 desde o início do conflito, segundo as autoridades palestinianas.
Outros relatos indicam que mais um jornalista ficou ferido durante o ataque. O Hamas, que controla a região desde 2007, referiu que o alvo do bombardeamento era uma área de descanso na praia, onde os habitantes se refugiam dos ataques em outras partes da cidade.
O exército israelita ainda não se manifestou sobre este incidente. Desde o início da guerra, as forças israelitas causaram a morte de pelo menos 56.531 pessoas e deixaram mais de 133.000 feridas nas suas operações em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde local.
A escalada do conflito começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas lançou um ataque sem precedentes contra Israel, resultando em cerca de 1.200 mortos e 251 sequestrados. Em resposta, Israel declarou a intenção de desmantelar o movimento extremista, mas, após mais de 20 meses de guerra, o Hamas mantém o poder na Faixa de Gaza.
Em declarações recentes, Yair Lapid, líder da oposição israelita, defendeu o término das hostilidades na Faixa de Gaza, afirmando que a continuação da guerra prejudica os interesses nacionais de Israel. "O Estado de Israel não tem interesse em prolongar o conflito em Gaza, pois isso só causa danos nas esferas de segurança, política e económica", frisou Lapid durante uma reunião do seu partido, o Yesh Atid.
Das 251 pessoas sequestradas em outubro de 2023, 49 permanecem em cativeiro em Gaza, sendo que 27 delas foram confirmadas como mortas pelo exército israelita. A ofensiva israelita resultou numa profunda crise humanitária e na destruição extensa das infraestruturas do território sitiado.