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Tensão crescente: Paquistão condiciona fim de operação militar às ações da Índia

há 4 horas

O vice-primeiro-ministro do Paquistão afirmou que a operação militar está interligada às decisões de Nova Deli, intensificando a crise na região da Caxemira.

Tensão crescente: Paquistão condiciona fim de operação militar às ações da Índia

O vice-primeiro-ministro paquistanês, Ishaq Dar, expressou que a operação militar iniciada hoje pelo exército do Paquistão irá encontrar o seu término, mas que esse desfecho depende das ações da Índia. "Esta operação que começámos hoje irá acabar de alguma forma. Tudo depende do que a Índia decidir", afirmou Dar, que também ocupa o cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, em declarações à Geo.tv.

Dar defendeu que o Paquistão "não tinha outra opção" a não ser manter uma postura defensiva, respondendo de forma "proporcional e ponderada" às incursões militares da Índia.

A operação, chamada "Operação Bunyanun Marsoos", prevê prolongar-se por algum tempo, de acordo com o ministro.

O governo paquistanês responsabiliza a Índia por ter dado início às hostilidades com um ataque aéreo realizado na quarta-feira, onde a Índia afirmou ter atingido infraestruturas terroristas, resultando na morte de mais de 100 supostos terroristas. O Paquistão, por sua vez, rejeita essas alegações e alega que o ataque causou vítimas civis.

A Índia, mantendo a sua posição, acusa o Paquistão de ser o autor do ataque terrorista de 22 de abril na Caxemira administrada pela Índia, que deixou 26 mortos.

Desde o recente ataque indiano, as hostilidades entre os dois países aumentaram, com confrontos frequentes e agressões ao longo da linha de controle na região da Caxemira. A luta tem-se estendido também ao espaço aéreo, onde tanto os mísseis como os drones têm estado em atividade.

Desde o início deste conflito, pelo menos 80 pessoas perderam a vida, com a Índia a registar 49 mortos, incluindo os 26 turistas indianos vítimas do ataque terrorista, enquanto o Paquistão contabiliza 33 mortos e 62 feridos, sendo 14 deles soldados.

Nas últimas horas, o Paquistão relatou um novo ataque com mísseis a várias posições indianas junto à fronteira, abrangendo postos militares e destruição de duas bases aéreas.

O exército paquistanês declarou que conseguiu defender-se de um ataque aéreo indiano, afirmando que interceptou drones que se dirigiam às suas bases. Islamabade assegura que os postos militares não sofreram danos.

Pelo outro lado, o exército indiano ainda não confirmou o ataque ao Paquistão, mas mencionou a deteção de vários drones a sobrevoar a cidade de Amritsar, no estado indiano do Punjab.

A rivalidade entre Índia e Paquistão tem raízes profundas, datando da independência em 1947, com ambos os países a reivindicarem a totalidade da região da Caxemira.

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#Paquistão #Índia #Caxemira