Tenistas Portugueses Quebram Tradição em Wimbledon em Homenagem a Diogo Jota
Pela primeira vez em 148 anos, Wimbledon permite que tenistas usem cores diferentes em honra de Diogo Jota e do seu irmão, num gesto emocionado de Francisco Cabral e Nuno Borges.
Na passada sexta-feira, Francisco Cabral deu o seu adeus ao torneio de pares em Wimbledon, mas não sem antes fazer uma emocionante ligação entre o ténis e o futebol. O atleta português entrou em campo com um laço preto na manga, desafiando assim a tradição de 148 anos que exige que os jogadores se apresentem totalmente de branco.
O icónico torneio britânico fez uma exceção histórica para permitir que Cabral homenageasse Diogo Jota e o seu irmão, André Silva, que faleceram num trágico acidente de viação na quinta-feira.
“Receber a notícia foi extremamente doloroso. Apesar de não ter conhecido Diogo pessoalmente, sabia através de um amigo que ele era uma pessoa incrível. Estava a caminho de Wimbledon quando soube do sucedido. Desejo o melhor para a sua família, que certamente tem pessoas maravilhosas ao seu lado para os apoiar”, comentou Cabral ao Daily Mail, antes de enfrentar Jamie Murray e Rajeev Ram.
O tenista expressou ainda como Jota foi uma grande inspiração na sua vida e carreira: “Conheço a sua trajetória e as suas conquistas, e ele deixa um legado que nos motiva a todos”.
Durante o torneio de singulares, Nuno Borges também prestou a sua homenagem, competindo contra o russo Karen Khachanov enquanto usava um laço negro no seu boné.
Assim, Wimbledon, mais que um torneio de ténis, revelou-se um palco de solidariedade e respeito numa hora de dor para o desporto português.