Economia

Sitava critica a urgência da privatização da TAP em momento de recuperação

O Sitava manifestou perplexidade face à decisão do Governo de privatizar a TAP em meio ao seu processo de recuperação, questionando a necessidade de tal medida.

há 6 horas
Sitava critica a urgência da privatização da TAP em momento de recuperação

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) expressou hoje a sua estranheza em relação à intenção do Governo de avançar com a privatização da TAP de forma apressada, enquanto a companhia ainda se encontra a beneficiar do seu programa de recuperação.

Em comunicado, a direção do Sitava utilizou uma famosa citação do físico Albert Einstein: "Insanidade é fazer sempre a mesma coisa e esperar um resultado diferente". Este pensamento foi trazido à luz para questionar as motivações por detrás da nova tentativa de privatização da transportadora aérea nacional.

"Por que a pressa? Por que agora?", questionou o sindicato, que considera incompreensível a urgência do Governo em alienar uma empresa que, com esforço notável dos trabalhadores, está a conseguir restaurar-se com sucesso.

O Sitava lembrou ainda que, se a TAP tivesse sido privatizada em tentativas anteriores, como a venda à Swissair em 1997 ou outros processos em 2014 e 2020, a companhia já não estaria em operação e isso teria acarretado enormes prejuízos financeiros para o país e para os contribuintes.

"A extinção da TAP teria causado prejuízos de milhares de milhões de euros ao país", afirmaram, sublinhando que ignorar essa verdade é um sinal de "desonestidade intelectual ou cegueira ideológica".

O sindicato também destacou a privatização da gestora aeroportuária ANA, que, segundo eles, deixou Portugal dependente de interesses estrangeiros.

Por fim, o Sitava reafirmou que os 3,2 mil milhões de euros em apoio estatal concedidos para a salvar a TAP durante a pandemia foram fundamentais para assegurar a continuidade de um ativo crucial para a economia nacional. O Governo, na sua última reunião, avançou com um decreto-lei que possibilitará a privatização de até 49,9% do capital da TAP, com 5% desse total reservado para os trabalhadores.

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