Seguro destaca a natureza suprapartidária da sua candidatura e evita polémicas políticas

António José Seguro, candidato à presidência, reiterou hoje que a sua candidatura é "suprapartidária" e que está a sentir um aumento do apoio popular, durante uma conferência de imprensa após uma reunião com o Conselho Permanente do Conselho das Comunidades Portuguesas, no parlamento.

Questionado sobre a decisão do ex-presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, de não se candidatar, e sobre o eventual apoio do PS, Seguro declarou: "Eu já tinha afirmado anteriormente que esta é uma candidatura suprapartidária e continuará a ser assim. As candidaturas à Presidência da República devem ir além das linhas partidárias, pois os partidos têm o seu espaço nas eleições legislativas."

O ex-secretário-geral do PS manifestou-se “muito contente” com o apoio que tem recebido de vários sectores da sociedade e assegurou que sente uma “onda a crescer” em seu favor.

Relativamente à questão da decisão de Santos Silva, que anunciou que não se juntará à corrida presidencial, Seguro afirmou: “A minha interpretação é simples: os portugueses enfrentam numerosas dificuldades, sobretudo no acesso à habitação e em serviços de urgência fechados.”

Ele enfatizou que “são esses os problemas que nos motivam, enquanto a trica política não nos interessa”.

Na passada quarta-feira, Santos Silva declarou que não participará nas eleições presidenciais do próximo ano, sustentando que as candidaturas existentes não conseguem representar adequadamente um amplo espectro social e político. Ele considerou que “a candidatura ideal seria a de uma figura independente da sociedade civil, capaz de trazer à tona os assuntos que merecem ser discutidos nesta campanha.”