Segurança reforçada em Torre Pacheco após manifestação de grupos extremistas

A segurança em Torre Pacheco continua a ser uma prioridade, mesmo após o restabelecimento da calma na localidade. O Governo de Espanha confirmou que as forças de segurança manterão um dispositivo especial na região, após convocatórias de manifestações anti-imigração.

A delegada do Governo na Múrcia, Mariola Guevara, afirmou que o dia anterior foi marcado pela serenidade e ausência de incidentes, permitindo assim um regresso progressivo à normalidade para a comunidade. Ela também expressou gratidão aos cidadãos pela sua conduta exemplar.

Contudo, a polícia, que inclui unidades antidistúrbios, mantém mais de 100 agentes mobilizados para evitar potenciais distúrbios oriundos de grupos de extrema-direita, que, desde o último sábado, têm instigado a violência contra imigrantes após uma agressão a um residente de 68 anos.

O homem agredido lamentou a exploração do seu caso por parte de extremistas que não estão ligados à comunidade, condenando abertamente os apelos à violência que surgiram nas redes sociais. O incidente foi o catalisador para a crescente tensão na área, onde cerca de 30% da população é composta por imigrantes.

As autoridades relataram a identificação de mais de 300 indivíduos desde o início dos conflitos, com 14 detenções, incluindo três suspeitos diretamente ligados à agressão do homem.

Um dos detidos, um homem de 28 anos, é apontado como o responsável por mensagens incitativas nas redes sociais que convocavam uma "caçada" a imigrantes. Ele é líder de um grupo radical e enfrenta sérias acusações criminais.

O Ministério de Administração Interna de Espanha reiterou o seu compromisso em priorizar investigações sobre crimes de ódio e grupos extremistas, na esperança de conter a propagação da violência e proteger a convivência pacífica na comunidade.