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Santos Cerdán, ex-líder do PSOE, em prisão preventiva após investigação de corrupção

O Supremo Tribunal espanhol decide colocar Santos Cerdán em prisão preventiva sem fiança, incidindo sobre o seu alegado envolvimento em subornos ligados a contratos públicos irregulares.

há 3 horas
Santos Cerdán, ex-líder do PSOE, em prisão preventiva após investigação de corrupção

O Supremo Tribunal de Espanha decidiu, esta semana, aplicar prisão preventiva sem fiança a Santos Cerdán, ex-secretário de Organização do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), no âmbito de um processo que investiga a sua possível participação num esquema de corrupção relacionado com adjudicações de obras públicas.

O juiz Leopoldo Puente, responsável pela decisão, acatou o pedido do Ministério Público Anticorrupção, que alegou que Cerdán teria podido integrar uma organização criminosa dedicada a subornos e tráfico de influências. Durante o seu depoimento, Cerdán, que se demitiu anteriormente do seu cargo, negou qualquer envolvimento em recebimentos ilícitos, considerando-se uma vítima de perseguição política por ter negociado a investidura de Pedro Sánchez com o PNV e o EH Bildu.

O procurador-geral anticorrupção, Alejandro Luzón, destacou que Cerdán é o líder de uma organização criminosa que atuou em colaboração com o ex-ministro José Luis Ábalos e Koldo García, apontando que o objetivo era manipular contratos públicos, aumentando custos e prejudicando as instituições democráticas.

Luzón sublinhou que as provas de envolvimento de Cerdán são substanciais, citando gravações de áudio que reforçam as acusações e indicam a possibilidade de fuga, o que justifica a medida cautelar. O Ministério Público está a investigar a atribuição de subsídios de forma irregular e decidiu solicitar esta ação, que representa um passo sem precedentes no processo.

Santos Cerdán, que à entrada para o Tribunal permaneceu em silêncio em relação a diversas perguntas, negou a sua participação nos atos ilícitos, reivindicando ter sido alvo de uma investigação por razões políticas. O procurador destacou que as suas justificações foram insatisfatórias e manifestamente tendenciosas, caracterizando a sua defesa como um esforço por desviar a atenção das alegações graves que pendem sobre ele.

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