Alemanha solicita à Rússia um movimento claro rumo à paz, a poucos dias de conversações críticas em Istambul, com a participação de líderes de ambas as nações.
A Alemanha fez um apelo à Rússia para que tome uma atitude determinante em direcção à paz, a dois dias de negociações em Istambul. O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, convidou o líder russo, Vladimir Putin, a participar nas conversações.
O chefe da diplomacia alemã, Johann Wadephul, declarou em Berlim que "A Rússia precisa de dar um passo decisivo e mostrar disposição para se sentar à mesa das negociações", conforme reportado pela agência France-Presse (AFP).
Wadephul sublinhou que a Ucrânia "deu um grande avanço" e está preparada para negociações incondicionais sobre um cessar-fogo e um acordo de paz.
A Ucrânia alertou que a ausência de Putin em Istambul seria um "último sinal" de que Moscovo não está interessada em pôr fim à guerra, que começou em fevereiro de 2022.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, optou por não comentar o convite de Zelensky, afirmando apenas que a Rússia continua a preparar-se para as negociações agendadas para quinta-feira. "É tudo o que podemos dizer", disse Peskov, acrescentando que não há mais comentários por enquanto.
Da mesma forma, os ministros dos Negócios Estrangeiros de vários países europeus, reunidos em Londres, solicitaram à Rússia um progresso "sem demoras" para viabilizar negociações em torno de uma paz "justa e duradoura". Novas sanções contra Moscovo também foram discutidas como uma possibilidade.
Os diplomatas do Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e União Europeia concordaram em implementar "medidas ambiciosas" para restringir a capacidade da Rússia de prosseguir com a guerra, incluindo o aumento do limite do preço do petróleo e a diminuição das importações de energia russa.