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Retorno à normalidade nas aldeias da Lousã após evacuação

A maior parte dos evacuados das aldeias da Lousã já regressou a casa. Um pequeno número continua em centro de acolhimento, enquanto incêndio entra em fase de vigilância.

há 7 horas
Retorno à normalidade nas aldeias da Lousã após evacuação

Na quinta-feira, dezenas de pessoas foram retiradas de oito aldeias na Lousã devido à aproximação de um incêndio. Recentemente, a presidente da junta de freguesia de Lousã e Vilarinho, Helena Correia, informou à agência Lusa que a maior parte dos evacuados já se encontra de regresso às suas habitações.

“Apenas algumas pessoas que necessitam de alimentação permanecem no centro de acolhimento, localizado na Escola EB2 da Lousã. A maioria dos residentes do lar de Vilarinho também já voltou para casa”, explicou.

O presidente da Câmara da Lousã, Luís Antunes, destacou que a situação na região está "consideravelmente mais tranquila". “Estamos num estágio de vigilância e consolidação. As equipas estão posicionadas e a monitorizar o terreno”, acrescentou.

Antunes revelou que a área afetada pelos incêndios no concelho supera os 3.500 hectares e que a prioridade agora é realizar um levantamento dos danos causados. “Recebemos um contato oficial e amanhã começaremos um levantamento exaustivo com as entidades competentes. Aguardamos que haja medidas de apoio disponíveis”, afirmou.

O autarca também expressou agradecimento às forças que combateram as chamas e aos voluntários que prestaram apoio logístico. O incêndio, que começou na tarde de quinta-feira na área do Candal, já entrou agora na fase de consolidação e vigilância.

De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, neste incêndio estavam mobilizados, às 11h30 de hoje, 501 operacionais, com 157 meios terrestres e dois aéreos.

Desde julho, Portugal continental tem enfrentado diversos incêndios florestais, particularmente nas regiões do Norte e Centro, motivados por temperaturas elevadas. Esta situação levou à declaração do estado de alerta, ativo até domingo.

Os incêndios têm provocado perdas significativas, com vítimas mortais e feridos, a maioria sem gravidade, e danos em habitações, explorações agrícolas e áreas florestais. Além disso, o país ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, com a previsão de chegada de dois aviões Fire Boss para reforçar as operações de combate.

Dados provisórios indicam que, até 16 de agosto, cerca de 139 mil hectares foram consumidos por incêndios em Portugal, um aumento alarmante de 17 vezes em relação ao mesmo período de 2022, com metade dessa área a arder apenas nos últimos dois dias.

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