O INEM defende que seguiu os protocolos habituais no socorro a uma mulher ventilada que faleceu, enquanto o Ministério da Saúde solicita uma investigação sobre as circunstâncias do caso.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) esclareceu que a sua resposta estava de acordo com os procedimentos habituais no socorro a uma mulher de 78 anos com dificuldades respiratórias, que faleceu supostamente devido a um apagão. O episódio ocorreu em Agualva-Cacém e a equipa de socorro chegou ao local 23 minutos após a chamada de emergência.
De acordo com a comunicação do INEM, a situação foi reportada ao Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) às 15:52, com a utente já a utilizar um ventilador que se encontrava sem bateria. A triagem médica foi realizada rapidamente e, três minutos após a chamada, foram acionados os meios necessários, incluindo a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital de São Francisco Xavier.
A equipa de emergência chegou perto das 16:20, mas a mulher já se encontrava em paragem cardiorrespiratória (PCR). Apesar das manobras de reanimação que foram iniciadas de imediato, incluindo desfibrilhação, a vítima apresentava múltiplas comorbilidades e não foi possível reverter a situação, tendo o óbito sido declarado no local.
Este caso ganhou notoriedade após a RTP relatar que a mulher, que estava em ventilação domiciliária, teria falecido devido à falta de energia elétrica durante a interrupção. O Ministério da Saúde, ciente da situação, ordenou uma auditoria à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) para investigar as circunstâncias da morte.
Por último, o INEM mencionou que, no total, respondeu a 4.576 solicitações em todo o território nacional e que só tomou conhecimento da possível ligação entre a morte e o apagão após a reportagem da RTP.