Reino Unido propõe uma intensa campanha de apoio à Ucrânia em 50 dias

O Reino Unido lançou hoje um apelo aos seus aliados para uma "campanha de 50 dias" destinada a intensificar o apoio militar à Ucrânia e a persuadir a Rússia a iniciar negociações para um cessar-fogo. Esta proposta surgiu durante uma reunião do Grupo de Contacto de Defesa da Ucrânia (GCDU), onde o ministro da Defesa britânico, John Healey, caracterizou o ultimato dado pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, ao Presidente russo, Vladimir Putin, como "um momento de grande oportunidade".

Healey enfatizou: "Devemos aumentar a nossa ação através desta iniciativa de 50 dias, garantindo o reforço militar para a Ucrânia e pressionando Putin a voltar à mesa das negociações."

Em conjunto, o Reino Unido e a Alemanha comprometeram-se a fornecer mísseis de defesa antiaérea ao país em guerra, com o ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, a anunciar a entrega de 200 mil munições para os tanques de combate antiaéreos Gepard que fazem parte do arsenal ucraniano.

A reunião virtual dos altos oficiais militares, co-presidida pelos ministros da Defesa britânico e alemão, incluiu a participação do Secretário da Defesa dos EUA, Pete Hegseth, do líder da NATO, Mark Rutte, e do Comandante Supremo Aliado da NATO na Europa, General Alexus Grynkewich.

Nos últimos dias, a Rússia intensificou os seus ataques aéreos, incluindo um ataque à capital, Kyiv, que resultou em um morto e dois feridos, segundo fontes locais.

O Reino Unido já forneceu à Ucrânia, nos últimos dois meses, mísseis de defesa antiaérea e munições de artilharia, totalizando cerca de 150 milhões de libras (aproximadamente 173,2 milhões de euros), conforme indicado pelo Ministério da Defesa britânico.

Além disso, Londres planeia investir 700 milhões de libras (808,2 milhões de euros) na aquisição de munições para a Ucrânia durante este ano, sem esquecer o envio de mais drones, que têm sido fundamentais no campo de batalha. Kyiv recebeu quase 50 mil drones nos últimos seis meses, e um esforço conjunto entre o Reino Unido e a Letónia irá fornecer mais 20 mil unidades.