Quatro novas espécies de girafas identificadas numa reclassificação inovadora

A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) anunciou uma reclassificação significativa nas girafas, passando de uma única espécie com nove subespécies para quatro espécies distintas. Esta mudança histórica, conforme reportado pela agência noticiosa espanhola EFE, é um marco importante para a preservação destes magníficos mamíferos, que são os mais altos do mundo.

Um estudo rigoroso realizado pelo Grupo de Peritos em Girafas e Ocapis (GOSG), integrado na Comissão de Sobrevivência de Espécies da UICN, revelou que as diferenças genéticas, morfológicas e biogeográficas entre as várias populações de girafas justificam a sua separação em espécies diferentes. Segundo a UICN, estas girafas possuem "histórias evolutivas distintas".

As quatro espécies agora oficialmente reconhecidas são: a girafa-do-norte (Giraffa camelopardalis), a girafa-reticulada (Giraffa reticulata), a girafa-masai (Giraffa tippelskirchi) e a girafa-do-sul (Giraffa giraffa). Além destas, várias subespécies continuam a ser reconhecidas, como a girafa-da-núbia e a girafa-do-cordofão, ambas na categoria de girafa-do-norte, e a girafa-de-angola, que pertence à girafa-do-sul.

Nas últimas três décadas, as populações de girafas diminuíram quase 30%, devido à degradação do habitat, à caça furtiva e à instabilidade em diversas nações africanas. Michael Brown, copresidente do GOSG e coordenador científico da Giraffe Conservation Foundation, enfatizou que a identificação destas espécies distintas irá facilitar a atualização da Lista Vermelha das Espécies Ameaçadas da UICN e permitirá o desenvolvimento de estratégias de conservação mais eficazes.