Quase um quarto dos desempregados conseguiram emprego no segundo trimestre
No segundo trimestre de 2025, 27,3% dos desempregados do primeiro trimestre encontraram trabalho, com destaque para a recuperação de homens e jovens.

De acordo com dados revelados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), 27,3% dos indivíduos que estavam desempregados no 1.º trimestre de 2025 conseguiram integrar-se no mercado de trabalho ao longo do 2.º trimestre.
Do total de desempregados no início do ano, 54,2% (equivalente a 198,1 mil pessoas) mantiveram-se nessa situação, enquanto 27,3% (aproximadamente 99,7 mil) transitaram para um novo emprego e 18,6% (cerca de 68 mil) passaram a enfrentar a inatividade, conforme indicado no relatório emitido esta quarta-feira pelo INE.
Analizando o desempenho por género, 30,5% dos homens desempregados (53,4 mil) conseguiram emprego, em comparação com 24,3% das mulheres (46,3 mil) que também encontraram novas oportunidades.
O INE destaca que, entre os desempregados de curta duração, 33,5% (77,4 mil) conseguiuram integrar-se no mercado, assim como 19,4% (24,6 mil) dos inativos que faziam parte da força de trabalho potencial.
Além disso, 9,5% (72 mil) das pessoas que trabalhavam por conta própria mudaram para um emprego por conta de outrem, e 24,3% (88,9 mil) dos que estavam desempregados conseguiram novos empregos.
O relatório também aponta que, do total de trabalhadores que tinham contrato a termo ou outros tipos de contrato, 22,3% (148,6 mil) conseguiram converter os seus contratos em permanentes no 2.º trimestre de 2025.
Notavelmente, 21,7% (93 mil) das pessoas que ocupavam empregos a tempo parcial passaram a trabalhar a tempo completo durante o mesmo período. A percentagem de trabalhadores que mudaram de emprego, mas permaneceram empregados, foi de 3,2% (cerca de 160,9 mil).
No que toca ao emprego jovem, 23,4% (48,1 mil) das pessoas entre os 16 e os 34 anos que estavam fora do mercado de trabalho e da educação no 1.º trimestre de 2025 conseguiram emprego no trimestre seguinte, enquanto 23,7% (48,7 mil) começaram a sua formação académica ou profissional.
A taxa de desemprego foi estimada em 5,9%, o que representa uma queda de 0,7 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e uma diminuição de 0,2 p.p. comparado com o 2.º trimestre de 2024, segundo o INE.
Em termos de população empregada, o número total subiu para 5 248,3 mil pessoas, uma subida de 1,3% (66,9 mil) face ao trimestre anterior e um aumento de 2,9% (148,4 mil) em comparação ao mesmo trimestre do ano passado.
A proporção de trabalhadores em teletrabalho manteve-se em 20,9% (1 095,8 mil pessoas), idêntica à do 1.º trimestre e superior em 0,6 p.p. em relação ao 2.º trimestre do ano anterior.