Primeiro-ministro propõe pacto nacional para a gestão florestal
Luís Montenegro revelou a intenção de estabelecer um pacto na Assembleia da República para a proteção do território, reconhecendo os desafios enfrentados no combate aos incêndios.

Em conferência de imprensa realizada após uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros em Viseu, o primeiro-ministro Luís Montenegro anunciou a sua vontade de promover um pacto consensual para a gestão florestal e a proteção do território nacional na Assembleia da República.
O objetivo deste pacto surge na sequência da aprovação de um plano de intervenção florestal que abrange o período de 2025 a 2050. Montenegro indicou que este plano será submetido ao debate parlamentar, onde espera que se possa chegar a um consenso alargado sobre as estratégias de gestão florestal.
O primeiro-ministro também comunicou que um documento com as diretrizes será enviado à Comissão Europeia, após uma conversa com a presidente da Comissão, a fim de integrar diversas medidas de prevenção no financiamento comunitário destinado aos Estados-membros.
Reconhecendo os desafios que o país enfrenta, Montenegro expressou a sua sensibilidade às preocupações da população e admitiu que, apesar de dispor do "maior dispositivo de sempre", nem sempre os incêndios de grande escala são passíveis de serem evitados. "A prioridade do Governo continua a ser a proteção das vidas e das casas dos cidadãos. Embora não estivéssemos na linha da frente, mantivemos uma presença constante nas operações de combate aos incêndios," afirmou.