Pressão Europeia sobre a Rússia para Retomar Negociações de Paz na Ucrânia

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de seis nações europeias, juntamente com a responsável pela diplomacia da União Europeia, insta a Rússia a dar passos decisivos nas negociações para alcançar uma paz "justa, abrangente e duradoura" na Ucrânia.

Esta exigência surge numa declaração feita após uma reunião em Londres, onde os representantes da França, Alemanha, Itália, Polónia, Espanha e Reino Unido, assim como Kaja Kallas, expressaram a frustração pela falta de progresso da parte russa. "É imprescindível que a Rússia avance sem demora", sublinharam.

O grupo Weimar+ também se juntou ao clamor da Ucrânia por um cessar-fogo imediato, abrangente e incondicional de 30 dias, com o objetivo de abrir caminho para discussões sobre uma paz consolidada.

Durante o encontro, os ministros abordaram a importância de intensificar o apoio à Ucrânia na sua defesa contra a agressão russa, acordando que iriam reforçar as capacidades das forças armadas ucranianas, incluindo o fornecimento de munições e equipamentos.

"Estamos determinados em assegurar garantias de segurança robustas para a Ucrânia. Isto pode incluir a formação de uma coligação de forças de estabilização, nos domínios aéreo, terrestre e marítimo, para fomentar a confiança em qualquer acordo de paz futuro e auxiliar na recuperação das forças ucranianas", indicaram.

Os responsáveis também manifestaram a intenção de trabalhar em novos compromissos para a reconstrução do país, com enfoque na Conferência de Recuperação da Ucrânia, que terá lugar em Roma nos dias 10 e 11 de julho.

Relativamente à NATO, enfatizaram a necessidade de reforçar a capacidade de defesa coletiva, bem como a base tecnológica e industrial na Europa, promovendo assim um maior estreitamento nas relações de segurança entre o Reino Unido e a União Europeia.

A reunião aconteceu poucos dias após a Ucrânia e os seus aliados europeus terem solicitado à Rússia um cessar-fogo total, com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, a propor um encontro pessoal com Vladimir Putin em Istambul. Contudo, o Kremlin já veio a público considerar "inaceitável" o ultimato de Kyiv para um cessar-fogo de 30 dias antes de qualquer negociação direta.

"A linguagem de ultimatos é inaceitável para a Rússia. Não é modo de se dirigir a nós", afirmou o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.