Preço do Brent para outubro regista queda de 0,69% e fecha em 66,43 dólares
A cotação do barril de Brent para outubro caiu 0,69% hoje em Londres, totalizando 66,43 dólares, marcando a sexta sessão consecutiva de descidas.
O preço do barril de Brent, referência para o crude do Mar do Norte, encerrou hoje a sessão no Intercontinental Exchange com uma desvalorização de 0,46 dólares, comparativamente aos 66,89 dólares registados na quarta-feira.
Esta queda prolonga-se pela sexta sessão consecutiva, aproximando-se da barreira dos 65 dólares por barril. O fenómeno coincide com o anúncio do Kremlin, que informou que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, irá encontrar-se em breve com o seu homólogo norte-americano, Donald Trump.
O mercado está atento a este encontro, que pode ser a primeira cimeira entre ambos desde 2021, antecipando que possa trazer um desfecho diplomático para a guerra na Ucrânia, bem como o levantamento das sanções sobre a Rússia e a sua indústria petrolífera.
Embora exista expetativa em relação à cimeira, Trump tem planos de avançar com tarifas que prometeu aplicar à Índia e à China, os quais são os maiores importadores de petróleo russo. Na quarta-feira, o Presidente dos EUA assinou um decreto que estabelece uma tarifa adicional de 25% sobre produtos provenientes da Índia que adquiram petróleo a Moscovo, enquanto as tarifas dirigidas à China permanecem indefinidas.
O clima de pessimismo em relação ao preço do Brent já se havia intensificado após a decisão da OPEP+, liderada pela Arábia Saudita e pela Rússia, de aumentar a oferta de crude a partir de setembro. Esta decisão levantou preocupações sobre um possível excesso de oferta no contexto de uma procura que tem vindo a mostrar sinais de fraqueza.
A OPEP+ anunciou no passado domingo que irá incrementar a produção em 547 mil barris por dia (bpd) a partir de 1 de setembro, retomando assim a totalidade dos 2,2 milhões de barris por dia (mbd) que foram retirados do mercado ao longo de 2023.