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Portugal rejeita apoio externo por agora e afirma estar preparado para os desafios dos incêndios

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reafirmou que Portugal não solicitará ajuda internacional neste momento, mas está disposto a fazê-lo quando as condições exigirem.

13/08/2025 22:47
Portugal rejeita apoio externo por agora e afirma estar preparado para os desafios dos incêndios

Na quarta-feira, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, negou a necessidade imediata de pedir apoio internacional para o combate aos incêndios que grassam em várias regiões do país.

Em declarações à CNN Portugal em Faro, Montenegro comentou sobre um possível pedido de assistência internacional, afirmando: "Quando for necessário, e quando as circunstâncias justifiquem, o faremos. Esta decisão baseia-se em critérios técnicos e operacionais que devem ser considerados."

Atualmente, cerca de três mil bombeiros estão mobilizados para enfrentar as chamas, conforme revelou a Proteção Civil. O primeiro-ministro acrescentou que "não temos objeção em solicitar ajuda quando o tempo assim exigir; no entanto, não o faremos em momentos em que não seja tecnicamente viável."

Montenegro também destacou que Portugal "dispõe de todos os meios disponíveis" e que todos os esforços estão a ser intensificados para mitigar a situação. "Estamos a tirar partido de todos os recursos ao nosso alcance e a assegurar que ninguém fica abandonado. No entanto, é importante lembrar que não temos recursos infinitos", salientou.

A última atualização da Proteção Civil, dada às 19 horas, indicou sete incêndios que suscitam preocupação em locais como Sirarelhos (Vila Real), Trancoso (Beiras e Serra da Estrela), Chavães (Tabuaço) e outras áreas do norte e centro do país.

Estas declarações ocorreram após uma reunião entre Montenegro e o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que referiu que a sexta-feira poderia ser "um dia particularmente preocupante" devido às previsões meteorológicas desfavoráveis.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) corroborou as preocupações, prevendo altas temperaturas e ventos fortes nas áreas do interior, aumentando o risco de incêndios.

Marcelo, ao lado de Montenegro, sublinhou que tanto ele como o primeiro-ministro têm acompanhado a situação e reconheceram o agravamento das condições meteorológicas, que se têm mantido desafiadoras nas últimas semanas. "É importante partilhar esta realidade com os portugueses", afirmou.

Por fim, o chefe de Estado expressou gratidão pela forma como o tema dos incêndios nunca se tornou um "argumento eleitoral", numa crítica indireta a Henrique Gouveia e Melo, que recentemente comentara a eficácia das operações contra os incêndios.

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