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OVO exige demissão da Ministra da Saúde após incidentes graves na saúde materna

O OVO PT criticou a gestão da saúde em Portugal e pediu a saída da Ministra Ana Paula Martins, destacando a falta de apoio às mulheres e o caos nos serviços de saúde.

há 4 horas
OVO exige demissão da Ministra da Saúde após incidentes graves na saúde materna

O Observatório de Violência Obstétrica em Portugal (OVO PT) manifestou hoje a sua insatisfação ao exigir a demissão da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins. O organismo expressou uma grave preocupação relativamente ao acesso aos direitos da mulher no que respeita à saúde sexual e reprodutiva.

Em comunicado, o OVO PT trouxe à tona um caso alarmante: "Uma mulher perdeu o seu bebé após ter sido encaminhada por cinco hospitais na Grande Lisboa durante duas semanas. No penúltimo hospital, a mulher recusou-se a ser dispensada", relataram. "Finalmente, o Hospital de Santa Maria admitiu a paciente e induziu o parto, mas, infelizmente, o bebé não sobreviveu. Durante essas duas semanas, as queixas da mulher não foram devidamente atendidas ou monitorizadas", destacou o Observatório.

Para o OVO, este incidente evidencia o "desmembramento" do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e levanta sérias questões sobre a falta de articulação entre as diversas unidades de saúde locais. O Observatório criticou ainda a dependência das mulheres de um serviço telefónico, caracterizado como "mal estruturado e sem a capacidade necessária" para garantir a vigilância adequada durante a gravidez.

A organização considera que o Governo está a implementar uma estratégia marcada por "soluções temporárias e falta de transparência". Para o OVO PT, é urgente restabelecer "a segurança, a dignidade e a humanidade no SNS". Assim, o Observatório apelou ao Ministério da Saúde que atenda "todas as necessidades do país" e assegure o direito à saúde para todos os cidadãos em Portugal.

O OVO PT reiterou ainda a sua exigência pela demissão da Ministra da Saúde, argumentando que esta não tem conseguido criar consensos e demonstra um "absoluto desconhecimento" sobre como enfrentar os sérios desafios que a saúde enfrenta no país.

Além disso, o OVO PT salientou que Lisboa e Vale do Tejo, com três milhões de habitantes, é a região que tem assistido ao maior número de fechos de urgências nos últimos quatro anos, tendo o encerramento aumentado mais de 40% em comparação com 2023. O Observatório apontou também que em 2025, os dados sobre esses encerramentos estão a tornar-se cada vez mais escassos, fruto de um abandono estratégico do portal de consulta.

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