Operacionais Intensificam Combate a Nove Incêndios em Portugal
Às 08h00, mais de 3.200 operacionais estão a combater os maiores incêndios em Portugal, com destaque para Arganil e Sátão, segundo a Proteção Civil.

A situação dos incêndios em Portugal continental permanece crítica, com mais de 3.200 operacionais envolvidos no combate a nove focos principais às 08h00. Segundo informação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), estavam no terreno um total de 3.230 operacionais, apoiados por 1.079 meios terrestres e dois aéreos.
Particular destaque vai para o incêndio em Arganil, no distrito de Coimbra, que começou na quarta-feira e atualmente conta com 837 operacionais, 288 viaturas e dois meios aéreos. Adicionalmente, na Lousã, também em Coimbra, estão destacados 499 operacionais com 157 veículos.
O incêndio em Sátão, que teve origem na quarta-feira, fundiu-se com as chamas que começaram em Trancoso há mais de uma semana, afetando um total de 11 municípios dos distritos de Viseu e Guarda, entre os quais Sátão, Sernancelhe e Moimenta da Beira. Os dados indicam que, às 08h00, estavam assim empenhados 717 operacionais e 240 viaturas em Sátão, enquanto as frentes de Trancoso contavam com 423 operacionais e 140 veículos.
Outros incêndios destacados incluem o de Poiares, em Freixo de Espada à Cinta (Bragança), que mobiliza 269 operacionais, e o do Sabugal (Guarda), que envolve 166 operacionais. Em Pêra do Moço, na Guarda, 142 operacionais estão a trabalhar, enquanto que em Tarouca há 89 operacionais e 27 veículos destacados.
Apesar das dificuldades, o incêndio em Mondim de Basto, no distrito de Vila Real, foi considerado dominado às 04h15 de hoje, mantendo-se no local 127 operacionais e 39 viaturas. Desde julho, o país enfrenta uma série de incêndios, especialmente nas regiões Norte e Centro, exacerbados por altas temperaturas, o que levou à declaração de estado de alerta que se mantém.
As consequências têm sido graves, com vidas perdidas e feridos, embora a maioria tenha sido de gravidade baixa. As chamas devastaram residências, explorações agrícolas e áreas florestais. Para enfrentar esta batalha, Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, prevendo a chegada de dois aviões Fire Boss até segunda-feira para auxiliar no combate. Dados indicam que, até 16 de agosto, arderam 139 mil hectares, um aumento dramático em comparação com o ano anterior.