Números de fatalidades em Gaza disparam após recente ataque israelita

O número de fatalidades em Gaza, após os últimos bombardeamentos do exército israelita, ascendeu a 48, conforme reporta a Defesa Civil do enclave. Este aumento significativo ocorreu logo após o registo inicial de 21 mortos no início do dia.

As equipas de resgate relataram que, entre os falecidos, 21 pessoas perderam a vida num cibercafé "Al-Baqa", localizado à beira-mar na cidade de Gaza, onde inúmeros feridos também foram confirmados. Um frequentador do local, Ahmed Al-Nayrab, de 26 anos, descreveu o momento do ataque, afirmando: "Foi um massacre. Vi pedaços de corpos a voar por todo o lado, cadáveres dilacerados e queimados. Uma cena de gelar o sangue."

Um fotojornalista, Ismail Abu Hatab, foi identificado entre os mortos, elevando o total de jornalistas e trabalhadores da comunicação mortos em Gaza para 228 desde o início deste conflito, de acordo com as autoridades locais. Adicionalmente, outras mortes ocorreram em diversos ataques e tiroteios perpetrados pelas forças israelitas, incluindo 11 vítimas em áreas próximas a centros de distribuição de ajuda humanitária, conforme informou Mahmoud Bassal, porta-voz da Defesa Civil.

Devido a restrições impostas à cobertura noticiosa na Faixa de Gaza, a verificação dos números avançados continua a ser um desafio. O exército israelita, questionado sobre os eventos, optou por não comentar.

Um aviso de evacuação foi emitido pelo exército israelita para o norte da Faixa de Gaza, intensificando as operações na região. O Hamas denunciou que "os bombardeamentos brutais do exército de ocupação sionista visam civis indefesos".

Enquanto isso, a pressão internacional por um cessar-fogo aumenta. O líder da oposição israelita, Yair Lapid, declarou que "Israel já não tem interesse em prolongar esta guerra", e as palavras do porta-voz qatari para o Ministério dos Negócios Estrangeiros indicam que as negociações devem recomeçar em breve.

O conflito teve início com o ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023, resultando em 1.219 mortes do lado israelita, conforme dados oficiais, e a continuação da luta tem resultado em mais de 56.500 mortos palestinianos na retaliação militar israelita.