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Nepal impõe novos critérios para escalada do Evereste

há 4 horas

Medidas visam limitar a superlotação e aumentar a segurança, exigindo experiência prévia em montanhas de 7000m no Nepal para obter autorização de subida.

Nepal impõe novos critérios para escalada do Evereste

O governo do Nepal apresentou uma proposta que limita as autorizações para escalar o Monte Evereste, reservando-as apenas a alpinistas que tenham previamente conquistado um pico com mais de 7000 metros dentro do país. Esta medida pretende reduzir a superlotação e, consequentemente, os riscos associados à escalada na montanha mais elevada do mundo.

Os críticos têm manifestado preocupação com o elevado número de escaladores inexperientes que se aventuram na perigosa “zona da morte”, onde o ar rarefeito aumenta as chances de incidentes fatais. A superlotação nesta área tem sido apontada como uma das principais causas do aumento do número de mortes nas próximas expedições.

Segundo informações da agência Reuters, o projeto de lei estabelece que, para obter uma autorização para o Evereste, o escalador deve provar que completou uma escalada a uma montanha de 7000 metros no Nepal. Adicionalmente, obrigatoriamente, o sardar (chefe da equipa local) e o guia de montanha devem ser nepaleses.

No entanto, operadores internacionais de expedições argumentam que a regra deveria incluir picos superiores a 7000 metros em qualquer parte do mundo, e não apenas no Nepal. Empresas como a Furtenbach Adventures e a Madison Mountaineering defendem também que guias estrangeiros deveriam poder participar, dado o número insuficiente de nepaleses qualificados para esta função.

Em 2023, foram emitidas 478 autorizações e registou-se o falecimento de pelo menos 12 alpinistas, com cinco desaparecidos, enquanto no ano anterior ocorreram oito mortes. As novas disposições pretendem, assim, criar condições mais seguras e sustentáveis para as futuras expedições no Evereste.

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