Nazaré reergue bandeiras verdes após confirmação de qualidade da água
A Praia da Nazaré celebra o hastear das bandeiras de qualidade, numa resposta positiva às análises à água, que mostraram estar em conformidade com a legislação em vigor.

A Câmara Municipal da Nazaré anunciou hoje que, em virtude dos resultados das análises realizadas pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA), as bandeiras de certificação foram novamente hasteadas na Praia da Nazaré.
As análises, efetuadas no dia 13 em três locais distintos da praia, confirmaram que a água atendia todos os parâmetros legais exigidos para águas balneares. O município sublinhou que "os resultados obtidos nas amostras de água estavam dentro dos limites de qualidade definidos pela legislação em vigor".
Após a avaliação das autoridades competentes que supervisionam a qualidade das zonas balneares, "as bandeiras de certificação voltaram hoje a adornar a Praia da Nazaré", conforme comunicado da autarquia.
Na passada terça-feira, a zona norte da praia tinha sido interditada a banhos devido a um problema na conduta de saneamento junto à Praça Manuel Arriaga, resultando na libertação de efluentes durante cerca de uma hora e meia.
No entanto, na quinta-feira, às 23:00, foi decidido levantar a interdição de forma imediata, após a análise de qualidade da água realizada a partir de amostras do dia 13 de agosto pelos técnicos da Unidade Local de Saúde (ULS) de Leiria.
As amostras recolhidas em áreas próximas ao efluente de esgotos e em zonas afastadas demonstraram que as concentrações de 'Escherichia coli' e 'Enterococos' estavam bem abaixo dos limites legais, atestando a boa qualidade da água neste espaço balnear.
Importa referir que esta foi a segunda interdição da praia desde o início do mês, sendo que a primeira ocorreu a 1 de agosto devido a uma descarga nos esgotos pluviais, resultando na assistência de 116 pessoas com sintomas de contaminação na ULS da Região de Leiria.
Na quarta-feira, foi informado que nesta nova interdição não houve aumento significativo de atendimentos nos Serviços de Urgência relacionados com sintomas gastrointestinais, o que se deveu a uma atuação preventiva que desaconselhou o contato com a água.
Além disso, a Câmara Municipal não descartou a possibilidade de "sabotagem" na conduta de saneamento e reconheceu a necessidade de um investimento urgente na substituição de um sistema com cerca de 60 anos.