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NATO assume coordenação da entrega de armamento à Ucrânia

A NATO anunciou que irá supervisionar a entrega de armamento à Ucrânia, com financiamento de países europeus a partir de aquisições nos EUA, dentro do quadro da missão de assistência no terreno.

15/07/2025 18:05
NATO assume coordenação da entrega de armamento à Ucrânia

Hoje, a NATO confirmou que vai tomar as rédeas na coordenação da entrega de armamento à Ucrânia, sendo os países europeus responsáveis pela aquisição a partir dos Estados Unidos, no âmbito da missão de treino e assistência da Aliança no território ucraniano (NSATU).

Segundo informações de fontes da Aliança, os aliados europeus da NATO, juntamente com o Canadá, estarão na vanguarda do financiamento, enquanto a NATO assegurará a entrega de materiais, que incluirão sistemas de defesa aérea, munições e equipamentos diversos. Estas informações foram reveladas à agência de notícias espanhola Europa Press e referem planos previamente anunciados pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, e reafirmados pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, durante a sua visita à Casa Branca.

A NATO, que já desempenhou um papel de coordenação na cimeira de Washington há um ano, mantêm a sua função de centralizar a ajuda militar à Ucrânia, apesar de esta depender das contribuições dos aliados europeus.

Países como Alemanha, Noruega, Dinamarca, Países Baixos, Suécia, Reino Unido, Canadá e Finlândia manifestaram compromisso com a iniciativa, embora informações sobre como os EUA continuarão a enviar armas através de aquisições europeias ainda estejam a ser debatidas.

Na Casa Branca, Rutte confirmou, em conjunto com Trump, que um grupo de países da NATO irá adquirir armamento, incluindo baterias antiaéreas Patriot, destinadas à Ucrânia.

A Dinamarca destacou que a proposta de Trump está alinhada com o seu "modelo dinamarquês", onde Copenhaga compra diretamente à indústria de defesa ucraniana. O ministro dos Negócios Estrangeiros dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, expressou a disposição do seu país para colaborar, embora acredite que a iniciativa requer um esforço conjunto.

O chefe da diplomacia neerlandesa, Caspar Veldkamp, indicou que o Governo dos Países Baixos está a analisar como poderá integrar-se no plano de assistência.

A Ucrânia tem recebido apoio financeiro e militar dos aliados ocidentais desde o início da invasão russa a 24 de fevereiro de 2022. Adicionalmente, os aliados de Kyiv têm imposto sanções a sectores cruciais da economia russa, visando reduzir os recursos de Moscovo para sustentar o conflito.

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