Nadar no Sena é agora uma realidade após um século de proibição

Depois de 102 anos de restrições, nadar no Rio Sena, em Paris, volta a ser uma possibilidade a partir de sábado. Desde 1923, a prática era ilegal devido à grave poluição das águas.

Agora, os parisienses e visitantes poderão desfrutar de mergulhos em três locais específicos: um próximo da icónica Catedral de Notre-Dame, outro nas proximidades da Torre Eiffel, e um terceiro na zona leste da cidade.

Embora a natação esteja oficialmente permitida, as autoridades alertam que é ainda proibido mergulhar em áreas não regulamentadas, por motivos de segurança.

Com o objetivo de preparar Paris para os Jogos Olímpicos de 2024, as autoridades determinaram que as condições da água estão em conformidade com as normas europeias, permitindo a reabertura das águas ao público. "É um momento simbólico na recuperação do nosso rio", afirmou a treinadora e influenciadora Lucile Woodward, que estará presente na primeira competição amadora de águas abertas no Sena, no domingo.

Woodward, que já teve a oportunidade de mergulhar no rio com a presidente da Câmara de Paris, Anne Hidalgo, expressou otimismo em relação à recepção desta novidade. “Todos vão querer participar assim que virem que é seguro e divertido”, acrescentou, considerando a possibilidade de nadar em família "extraordinária".

Entretanto, surgiram planos para protestos antes dos Jogos Olímpicos. A autarca de Paris havia mergulhado no Sena para demonstrar a limpeza das águas, mas um grupo de manifestantes planeava realizar um protesto, programando um ato simbólico enquanto Hidalgo mergulhava. Uma ideia controversa que acabou por ser considerada uma "brincadeira".

Um relatório recente antes do evento contou que altas concentrações da bactéria E. coli contribuíram para preocupações relacionadas à saúde, levando até à desistência da Bélgica da prova de estafeta mista de triatlo para evitar novas infecções.