Mercados europeus iniciam o dia em alta moderada à espera de desfechos comerciais
As principais praças financeiras da Europa registaram uma abertura em ligeira alta, impulsionadas pela expectativa de acordos comerciais entre os EUA e outros países, após progressos com o Japão e a Índia.

Hoje, pelas 09:10 horas em Lisboa, o EuroStoxx 600 frequentemente apresentava uma leve queda de 0,08%, fixando-se nos 543,22 pontos.
As bolsas de Paris e Frankfurt seguiam em alta, com avanços de 0,16% e 0,06%, respetivamente. Em Madrid e Milão, as valoriz ações eram de 0,03%. Londres, por outro lado, registava uma descida de 0,10%.
A bolsa de Lisboa acompanhava a tendência do início da sessão, com o PSI a recuar 0,75% para 7.467,24 pontos, mantendo-se abaixo do máximo alcançado em 16 de junho, de 7.545,86 pontos, o mais elevado desde 6 de maio de 2014.
Os mercados estão atentos às possíveis negociações comerciais entre os Estados Unidos e diversas nações, impulsionadas por avanços com o Japão e a Índia, além de uma recente decisão do Canadá de cancelar o imposto sobre serviços digitais para acelerar as conversações.
Durante esta semana, as transações em Wall Street deverão ser moderadas, uma vez que na quinta-feira haverá uma abertura reduzida e na sexta-feira o mercado estará encerrado devido ao feriado do Dia da Independência.
Os EUA definiram o dia 9 de julho como prazo para alcançar acordos sobre tarifas, com a China a ter um prazo adicional que termina a 12 de agosto.
Os investidores também estarão atentos a dados sobre a inflação da Itália e da Alemanha, assim como ao Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido.
A hoje a cidade de Sintra acolhe uma reunião de banqueiros centrais, onde é aguardada a intervenção da presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, e do presidente da Reserva Federal dos EUA, Jerome Powell.
O Primeiro-ministro canadiano, Mark Carney, anunciou que o Canadá reiniciou negociações comerciais com os Estados Unidos, retirando a proposta de novos impostos sobre as grandes empresas tecnológicas, uma medida que tinha causado a interrupção das conversações por parte do Presidente Donald Trump.
Os futuros de Wall Street indicam ganhos para o dia; espera-se um aumento de 0,58% para o Dow Jones Industrial, 0,35% para o S&P 500 e 0,50% para o Nasdaq. Na semana passada, ambos os índices, S&P 500 e Nasdaq, fecharam em máximos históricos, apesar das tensões comerciais com o Canadá.
Na Ásia, o índice Nikkei da Bolsa de Tóquio subiu 0,80%, enquanto o índice da Bolsa de Xangai avançou 0,59% e o da Bolsa de Shenzhen 0,83%. O índice Hang Seng de Hong Kong, minutos antes do encerramento, registava uma queda de 0,39%.
No setor das commodities, à espera de uma nova reunião da OPEP+ no próximo domingo, que deverá refletir um novo aumento da produção, o Brent subiu para 67,77 dólares, comparado a 67,73 dólares na sexta-feira. O West Texas Intermediate também registou um aumento, de 0,53% para 65,17 dólares.
O preço da onça 'troy' de ouro viu uma subida para 3.293,95 dólares, em comparação com 3.274,33 dólares na sessão anterior e um pico histórico de 3.432,34 dólares registado a 13 de junho.
Os juros das obrigações a 10 anos da Alemanha caíram para 2,575%, face aos 2,590% da sessão anterior, e o euro valorizou-se, alcançando 1,1735 dólares no mercado de câmbios de Frankfurt, um novo recorde desde 23 de setembro de 2021.