Marques Mendes apela a maior transparência da ministra da Saúde
O candidato à presidência, Luís Marques Mendes, questiona a ministra da Saúde sobre a situação crítica do setor e pede explicações urgentes sobre as soluções em curso.
Luís Marques Mendes, candidato à presidência, lançou um desafio à ministra da Saúde, Ana Paula Martins, durante um evento em Albufeira. Ele considera imprescindível que a ministra ofereça uma explicação clara sobre os problemas que afetam o setor da saúde em Portugal.
"É urgente que a ministra venha a público esclarecer porque razão nos encontramos nesta situação crítica e quais as medidas que estão a ser implementadas para resolver os atuais desafios", afirmou Marques Mendes. O candidato expressou a sua preocupação crescente em relação à saúde pública e destacou que é essencial quebrar o "silêncio ensurdecedor" em torno do tema, desvinculando-se da questão da responsabilidade.
Marques Mendes referiu-se ao aumento do número de partos realizados em ambulâncias e ao fechamento de urgências, mantendo que os cidadãos têm o direito de saber o que se passa. "Muitas pessoas, como eu, querem entender por que os partos nas ambulâncias estão a aumentar e as urgências a fechar", insistiu ele.
As suas declarações surgiram após uma visita à Santa Casa da Misericórdia de Albufeira, onde foi acompanhado pelo presidente da câmara, José Carlos Rolo. Recentemente, a situação na saúde foi ampliada na opinião pública após a perda de bebés por parte de duas mulheres grávidas na região de Setúbal e o longo tempo de espera de um paciente grave para ser transferido.
Em resposta a estas tensões, a ministra da Saúde afirmou estar "absolutamente de consciência tranquila" e que não desistirá das suas responsabilidades. Marques Mendes, recordando um apelo anterior por um pacto político para salvar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), fez eco às palavras de António José Seguro, outro candidato, que sugere um consenso entre todas as partes para enfrentar os desafios do SNS.
Além disso, o candidato manifestou a necessidade de corrigir o processo legislativo da Lei da Nacionalidade, uma vez que considera que a atual versão pode ser inconstitucional. "Um apelo construtivo ao Governo e partidos da oposição é fundamental neste momento", declarou.
Marques Mendes também criticou a estratégia política de usar o nome de crianças em debates, considerando-a de "mau gosto". Este comentário surge após uma declaração do líder do Chega, André Ventura, sobre a falta de nomes tradicionais nas escolas, relacionada com a demografia em Portugal.