Marcelo Rebelo de Sousa lamenta a perda de José Camacho, um pilar da autonomia madeirense

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, manifestou na passada segunda-feira a sua "profunda tristeza" pela morte de José António Camacho, que faleceu aos 79 anos. O ex-deputado à Assembleia Constituinte e primeiro secretário regional do Planeamento, Finanças e Comércio no I Governo da Madeira é lembrado como uma figura emblemática da política regional.

De acordo com uma nota oficial, Marcelo recordou com "saudade" o percurso que partilharam na Assembleia Constituinte, elogiando o "compromisso genuíno" de Camacho com os valores que defendiam. O Presidente destacou ainda o "contributo muito relevante" de Camacho na criação do Estatuto Político da Madeira.

Camacho não só desempenhou um papel fundamental a nível nacional como Deputado à Assembleia da República durante a elaboração da Constituição de 1976, como também fez parte do primeiro Governo Regional, ajudando a estabelecer as bases da autonomia madeirense.

Iniciando a sua carreira como professor, José António Camacho deixou um legado de educação e valores, principalmente junto dos mais jovens. O chefe de Estado apresentou as suas condolências à família, amigos, à Região Autónoma da Madeira e ao Partido Social Democrata (PSD).

A morte de Camacho foi confirmada no domingo pelo PSD e pelo Governo Regional, que se comprometeram a prestar homenagem ao antigo governante com um voto de pesar na Assembleia Legislativa da Madeira. Camacho, que nasceu em abril de 1946 e teve uma carreira académica e profissional ligada ao Banif e ao ensino, será sempre lembrado pela sua empatia e competência, sendo considerado uma figura histórica da autonomia insular.

O executivo madeirense também expressou o seu pesar e reconheceu a importância do trabalho de José António Camacho nos primeiros anos da autonomia política da região.