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Lula destaca a China como modelo no comércio durante visita oficial a Pequim

há 4 horas

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sublinha a importância da China como parceira comercial e investidora em países negligenciados, durante a sua visita a Pequim.

Lula destaca a China como modelo no comércio durante visita oficial a Pequim

No decurso de uma visita oficial a Pequim, o Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, assinalou que, embora a China seja frequentemente vista como uma adversária do comércio global, na realidade, representa um modelo de compromisso comercial. “A China tem sido mal interpretada, pois tem investido em países que foram desconsiderados por outras potências ao longo dos anos”, afirmou durante a abertura de um fórum empresarial.

Antes de iniciar o encontro, Lula encontrou-se com líderes de várias empresas chinesas, incluindo GAC, Windey Technology (especializada em turbinas eólicas), Envision Group (energia eólica) e Norinco (áreas de defesa e infraestrutura). Este diálogo resultou num investimento de mil milhões de dólares (cerca de 900 milhões de euros) na produção de combustíveis renováveis para a aviação em colaboração com a Envision.

Além disso, Luis Inácio Lula da Silva anunciou a criação de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Energias Renováveis em parceria com a Windey Technology, conforme informou a Presidência brasileira.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, explicou que o acordo com a Envision tornará o Brasil um dos principais produtores mundiais de combustíveis verdes derivados da cana-de-açúcar.

No âmbito das colaborações, foi ainda assinado um memorando de entendimento entre a Telebras e a Norinco Brasil sobre um Sistema de Gestão e Segurança Pública para Cidades Inteligentes.

Lula acentuou que “estes projetos irão cimentar a posição do Brasil como um líder global na transição energética” através das suas publicações nas redes sociais.

Durante o seu discurso, o Presidente brasileiro destacou a cooperação entre o Senai Cimatec e a Windey, que facilitará a instalação de um Centro de Pesquisa em energias renováveis, como energia solar e eólica, além de sistemas de abastecimento.

“A experiência da China na refinação de minerais críticos será crucial para valorizar os nossos recursos, com a transferência de tecnologia para a montagem de baterias elétricas”, acrescentou Lula, referindo as riquezas brasileiras em terras raras, lítio, nióbio, cobalto, entre outros.

O Presidente enfatizou que todos os acordos firmados com a China envolvem parceiros brasileiros, contribuindo para a investigação, transferência de tecnologia e capacitação de profissionais.

Lula concluiu declarando: “Hoje avançámos ainda mais no fortalecimento das nossas relações bilaterais, promovendo comércio, investimento e desenvolvimento. Brasil e China são aliados estratégicos nos principais desafios globais.”

Na capital chinesa, Lula participará também da abertura da 11.ª Reunião Ministerial do fórum China-CELAC e agendou um encontro com o Presidente Xi Jinping, onde assinarão novos acordos de cooperação bilateral. O presidente brasileiro juntará esforços com líderes da Colômbia e do Chile para discutir a relação da China com a América Latina, num cenário de tensões comerciais globais.

Enquanto Brasil e China integram o G20, são também membros fundadores do fórum BRICS, que está em expansão. O Brasil assumirá a presidência do BRICS em 2025 e irá acolher a próxima cimeira.

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#CooperaçãoInternacional #InvestimentoSustentável #EnergiaRenovável