Lee Jae-myung é escolhido pela oposição para as presidenciais da Coreia do Sul

Durante uma transmissão televisiva no domingo à noite, o Partido Democrático anunciou que Lee Jae-myung alcançou a nomeação presidencial ao obter quase 90% dos votos nas primárias, superando dois rivais. Em discurso emocionado, o ex-governador de Gyeonggi e ex-presidente da Câmara de Seongnam afirmou: "Agora, o povo e os nossos colegas de partido deram-me a oportunidade de reconquistar a presidência e construir uma nova e verdadeira República da Coreia."

Lee é atualmente considerado o grande favorito para vencer as eleições de junho, tendo sido apontado como tal por sondagens recentes da Gallup Korea, que registaram 38% das preferências para o seu nome, enquanto os restantes candidatos não ultrapassaram os 10%.

Esta candidatura representa o terceiro intento de Lee para alcançar a presidência, depois de uma esfomeada derrota a Yoon Suk-yeol em 2022. Em 10 de abril, apenas um dia após deixar a presidência do seu partido, Lee anunciou que participaria nas primárias com o compromisso de “criar uma verdadeira Coreia”.

O veterano político defende que os problemas sociais têm raízes económicas e propõe a reativação da economia através de investimentos públicos em tecnologia e na formação de recursos humanos. Além disso, Lee aposta numa abordagem pragmática, afastando-se de posições ideológicas marcadas e defendendo uma política externa que priorize os interesses nacionais.

A Comissão Nacional de Eleições já iniciou o registo dos pré-candidatos para a 21.ª eleição presidencial, cuja campanha terá início a 12 de maio. Ao longo da sua carreira, marcada por ambiciosos programas sociais, Lee superou diversas adversidades, desde um acidente de trabalho que lhe causou lesões permanentes, passando por acusações de corrupção relativas a um projeto de desenvolvimento urbano, até uma tentativa de assassinato em janeiro, seguida da sua absolvição a 26 de março.