O Kremlin anunciou a intenção de fornecer à Ucrânia uma lista de condições para um cessar-fogo, levantando a possibilidade de uma reunião entre Putin e Zelensky.
Hoje, o Kremlin comunicou que irá preparar e entregar à Ucrânia uma lista de exigências relacionadas com um potencial cessar-fogo. O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, indicou que os detalhes dessa lista não devem ser revelados por enquanto, dado que as negociações decorrem e devem ser mantidas em sigilo.
Após uma reunião em Istambul entre as delegações da Rússia e da Ucrânia, Vladimir Medinsky, representante russo, mencionou que analisaria o pedido da Ucrânia para que os dois líderes se encontrassem diretamente.
Apesar de Medinsky afirmar estar "satisfeito com os resultados" em conferência de imprensa internacional, a sua mensagem direcionada à imprensa russa trouxe um tom mais belicoso, sugerindo uma continuidade das hostilidades para expandir o território sob controle russo.
Segundo as recentes declarações, Moscovo está preparado para avançar sobre áreas nos territórios de Sumi e Kharkov, onde as tropas russas já iniciaram uma ofensiva.
Uma das exigências centrais do Kremlin, exposta por Medinsky na reunião, pede a retirada das tropas ucranianas das quatro regiões anexadas – Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporijia – mesmo que o controlo russo sobre estes locais não seja total.
Além do reconhecimento dessas regiões, que incluem a Crimeia, o Kremlin exige que Kiev abandone os planos de adesão à NATO, promova a desmilitarização do país, assegure direitos para os falantes de russo, efetue uma mudança de governo, considerando Zelensky ilegítimo, e que anule as sanções internacionais impostas à Rússia após a invasão da Ucrânia em 2022.