Jair Bolsonaro realiza exames médicos após saída da prisão domiciliária

O ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, saiu da prisão domiciliária no passado sábado, 16 de agosto, para submeter-se a exames médicos no Hospital DF Star, em Brasília. A sua saída foi autorizada pelo juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que exigiu a comprovação da presença do ex-presidente no hospital.

Bolsonaro, que se queixou de sintomas de refluxo e "soluços refratários", foi recebido por um grupo de apoiantes à chegada ao local, embora tenha optado por não prestar declarações.

Segundo a defesa do ex-presidente, os exames que ele irá realizar deverão durar entre seis a oito horas, incluindo uma recolha de sangue e urina, uma endoscopia e uma TAC.

É importante recordar que Bolsonaro enfrenta sequelas de um ataque com faca ocorrido em setembro de 2018, durante um comício, e que em abril deste ano passou por uma operação devido a uma oclusão intestinal, necessitando de três semanas de hospitalização.

O ex-presidente encontra-se em prisão domiciliária desde 4 de agosto, por ter violado uma proibição de se expressar nas redes sociais, e será julgado por uma alegada tentativa de golpe de Estado proveniente dos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando seus apoiantes invadiram as sedes dos Três Poderes em Brasília.

O STF agendou o início do julgamento para 2 de setembro, onde Bolsonaro e outros sete acusados responderão por crimes relacionados com a tentativa de golpe e a associação armada para cometer delitos. Segundo a acusação, Bolsonaro não aceitou o resultado das eleições e incitou uma crise institucional.

Durante as alegações finais, a defesa do ex-presidente negou qualquer envolvimento em um plano de golpe e criticou as acusações como "absurdas", pedindo a sua absolvição.

Esse processo gerou tensões diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos, levando o presidente americano, Donald Trump, a impor tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros em resposta ao que considera um julgamento injusto e uma “perseguição política”.