J.D. Vance: Europa deve liderar segurança da Ucrânia
O vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, defende que a Europa deve assumir a responsabilidade principal pela segurança da Ucrânia, destacando a necessidade de um esforço conjunto.

No contexto da guerra na Ucrânia, o vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, fez declarações esta quarta-feira, reiterando que cabe à Europa suportar "a maior parte do fardo" na garantia da segurança da Ucrânia, um tema central durante uma entrevista à Fox News.
Vance, referindo-se ao papel dos países europeus, mencionou que "o Presidente [Donald Trump] foi claro em pedir que intensifiquem os seus esforços". Ele defendeu que, embora os EUA devam fornecer ajuda, a obrigação principal recai sobre os europeus para deter a guerra e as mortes que têm resultado do conflito russo-ucraniano.
No decorrer da entrevista, Vance também comentou sobre a recente visita dos líderes europeus e do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, à Casa Branca. Durante esse encontro, Trump imediatamente tentou reforçar diálogos com o Presidente russo, Vladimir Putin, com a intenção de discutir uma possível reunião bilateral.
Recentemente, Trump anunciou um prazo de 10 a 12 dias para Putin demonstrar comprometimento com a paz na Ucrânia, alertando sobre a possibilidade de sanções económicas contra a Rússia e nações que continuem a comercializar com Moscovo, caso não haja progresso nesta área.
Entretanto, apesar das tentativas diplomáticas, a Força Aérea ucraniana noticiou a continuidade dos ataques aéreos russos, com 93 drones sendo utilizados e laços de mísseis balísticos do tipo Iskander-M, a evidenciar a persistência dos hostilidades.
Desde a invasão russa em 24 de fevereiro de 2022, a guerra resultou em um número elevado de vítimas de ambos os lados, enquanto os ataques aéreos da Rússia continuam a devastar cidades e infraestruturas ucranianas. As forças de Kyiv, por sua vez, têm respondido com ofensivas, utilizando drones para atacar alvos em território russo, incluindo a península da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014.
Ao nível diplomático, após um longo período de impasse, ocorreu uma cimeira no Alasca em agosto entre Trump e Putin, mas não resultou em acordos concretos. Houve uma troca de cumprimentos e promessas de futuras reuniões, evidenciando a complexidade da situação.
Na recente reunião na Casa Branca, Trump e Zelensky foram acompanhados por líderes europeus, discutindo a situações de segurança na região. Por sua parte, a Rússia continua a exigir que a Ucrânia ceda várias regiões, condições consideradas inaceitáveis por Kyiv, que pede um cessar-fogo incondicional antes de qualquer negociação de paz.
A Rússia argumenta que tal cessar-fogo beneficiaria as forças ucranianas, permitindo que se rearmem com apoio militar ocidental, prolongando assim a guerra.