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Israel implementa "interrupção temporária" nos combates na Faixa de Gaza para auxiliar a população

As Forças de Defesa de Israel declararam hoje uma "interrupção temporária" nos confrontos em três áreas da Faixa de Gaza, em resposta à grave situação humanitária que se agrava.

há 5 horas
Israel implementa "interrupção temporária" nos combates na Faixa de Gaza para auxiliar a população

As Forças de Defesa de Israel (IDF) comunicaram hoje a decisão de suspender os combates em Muwasi, Deir al-Balah e na Cidade de Gaza. Esta "interrupção temporária" terá lugar entre as 10h00 e as 20h00 (08h00-18h00 em Lisboa), até novo aviso.

Segundo informações do exército israelita, não existem atualmente operações ativas nessas zonas, apesar de reconhecerem que a violência e ataques ocorreram nessas áreas nas semanas recentes.

Em um comunicado oficial, as IDF afirmaram que irão estabelecer corredores humanitários específicos para "permitir a movimentação segura das caravanas da ONU, que entregam alimentos e medicamentos à população necessitada".

Esta medida surge após longos meses de advertências de especialistas sobre a iminente crise de fome, com restrições à ajuda humanitária a exacerbarem a situação. As críticas internacionais aumentaram, especialmente por parte de aliados de Israel, após a morte de centenas de palestinianos enquanto tentavam alcançar os pontos de distribuição de alimentos.

No mesmo dia, o exército israelita reiniciou o lançamento aéreo de ajuda humanitária para a Faixa de Gaza, conforme as diretrizes do governo. De acordo com informações divulgadas na plataforma Telegram, a operação incluiu sete paletes de farinha, açúcar e alimentos enlatados, e foi realizada em coordenação com agências internacionais.

Em paralelo, o exército de Israel e os Emirados Árabes Unidos anunciavam a retoma dos lançamentos aéreos para Gaza, afim de "contradizer alegações de fome intencional na região". Os Emirados confirmaram um retorno imediato às operações humanitárias aéreas.

Tudo isso ocorreu após a interceptação do navio Handala, da Flotilha da Liberdade, por parte da marinha israelita, que garantiu a segurança de todos os 21 tripulantes, incluindo dois espanhóis, a caminho da costa israelita. A Coligação da Flotilha da Liberdade classificou a interceção como ilegal, afirmando que o navio estava em águas internacionais e transportava uma carga vital de ajuda humanitária para os palestinianos, como leite infantil, fraldas e medicamentos.

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