Inundações devastadoras no Paquistão: 350 fatalities e 150 desaparecidos

A situação no norte do Paquistão é alarmante, uma vez que as chuvas de monção, que começaram na última quinta-feira, provocaram a morte de cerca de 350 pessoas. As autoridades reportam que, na província de Khyber-Pakhtunkhwa, pelo menos 150 indivíduos permanecem desaparecidos.

As chuvas torrenciais geraram inundações, cheias repentinas e deslizamentos de terra que devastaram inúmeras aldeias, deixando pessoas presas sob os escombros. Muitas das vítimas perderam a vida devido ao arrastamento pelas águas, ao colapso das suas habitações ou por eletrocussão. Só nos dois primeiros dias, a província fronteiriça com o Afeganistão registou 317 óbitos, representando metade das fatalidades da atual época de monções.

No distrito de Buner, o diretor da Autoridade Provincial de Gestão de Catástrofes, Asfandyar Khattak, revelou que "pelo menos 150 pessoas estão desaparecidas e podem estar presas sob os destroços das suas casas ou arrastadas pelas enchentes".

O Paquistão, que ocupa o quinto lugar entre os países mais populosos do mundo, é também um dos mais suscetíveis aos efeitos devastadores das alterações climáticas. Nos últimos anos, os 255 milhões de paquistaneses têm enfrentado inundações severas, rupturas de lagos glaciais e secas extremas, fenômenos que, segundo os especialistas, tendem a aumentar devido às mudanças climáticas em curso.

Por outro lado, a China também enfrenta desafios sérios, com inundações repentinas ocorridas na região da Mongólia Interior, que fizeram nove vítimas mortais e deixaram três desaparecidos. Treze campistas foram apanhados pela súbita subida das águas em Urad.

Atualmente, mais de 700 operacionais estão a participar nas operações de busca e salvamento, tendo apenas uma pessoa sido resgatada com vida até ao momento.