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Início da Reabilitação de 92 Casas em antiga Base Americana

As recuperações de 90 habitações na base das Lajes, Açores, recebem 11,3 milhões de euros do PRR, com conclusão prevista para outubro de 2026.

há 6 horas
Início da Reabilitação de 92 Casas em antiga Base Americana

Hoje marcou o início da reabilitação de 92 casas, anteriormente ocupadas pela Força Aérea norte-americana na base das Lajes, situada na ilha Terceira. Este projeto, que envolve um investimento de 11,3 milhões de euros, está a ser financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e tem a previsão de estar concluído até outubro de 2026.

A Força Aérea norte-americana reduziu o seu efetivo na base em 2015, deixando dois bairros, o "Nascer do Sol" e o "Beira-Mar", com um total de cerca de 450 casas e uma grande escola. As infraestruturas foram cedidas à administração regional em 2018, com a intenção de criar um polo de empresas de informática na antiga escola e recuperar as habitações para programadores.

No entanto, os planos anteriores não avançaram. Apenas em outubro de 2023, o atual governo açoriano, de coligação PSD/CDS/PPM, decidiu reabilitar as casas do bairro "Nascer do Sol", prevendo arrendá-las a preços controlados. O vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, anunciou que um concurso para a obra seria lançado no primeiro semestre de 2024, com um investimento previsto de 5 milhões de euros.

O concurso foi finalmente lançado em fevereiro de 2025, tendo um valor base de 12,1 milhões de euros, e foi adjudicado a um consórcio por 11,3 milhões de euros. As 92 habitações, de tipologias T3 e T4, estavam desactivadas há aproximadamente uma década e agora serão reconvertidas para arrendamento com opção de compra.

A reabilitação não envolve apenas a renovação das estruturas, mas também melhorias na eficiência energética, incluindo a instalação de bombas de calor e isolamento térmico. Além disso, a rede elétrica será adaptada e uma nova estação de tratamento de águas residuais será criada.

Maria João Carreiro, secretária regional da Juventude, Habitação e Emprego, comentou sobre os atrasos, afirmando que o processo de reabilitação exige o cumprimento de diversos trâmites burocráticos. Também manifestou optimismo quanto ao cumprimento dos prazos estabelecidos.

Artur Lima, por sua vez, criticou os governos anteriores por deixarem o património ao abandono, descrevendo a situação como um crime, dado a necessidade habitacional que se fazia sentir na região. A secretária da Habitação garantiu que as casas estarão disponíveis para arrendamento a preços compatíveis com os rendimentos das famílias, visando proporcionar esperança à juventude e classe média.

Relativamente ao aumento dos custos da obra, devido à saturação do mercado e ao crescimento dos preços por metro quadrado, Carreiro enfatizou a necessidade de adaptação a estas novas realidades económicas.

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