Incêndios em Sátão e Trancoso quase sob controlo, mas preocupa frente ativa em Foz Côa
O incêndio iniciado em Sátão e Trancoso apresenta sinais de estabilização, porém a situação em Foz Côa exige atenção. Sete bombeiros ficaram feridos, mas nenhuma situação grave foi reportada.

A situação dos incêndios que eclodiram em Sátão e Trancoso está a mostrar sinais de estabilização, embora ainda persista uma frente ativa em Vila Nova de Foz Côa que continua a suscitar grande apreensão. À agência Lusa, o segundo comandante regional do Centro, Jody Rato, mencionou que, embora se tenha conseguido controlar duas frentes, muitos pontos quentes e reativações permanecem.
Rato destacou que a frente em Cedovim, Muxagata e Mêda, no distrito da Guarda, é a mais preocupante, estendendo-se por aproximadamente três a quatro quilómetros. Além disto, uma outra frente está ativa na zona de Ferreirim, em Sernancelhe, também sendo motivo de preocupação, mas menos crítica que a de Cedovim.
O trabalho de contenção focou especialmente nesta frente, com a intenção de estabilizar a situação ao longo do dia. O objetivo é minimizar a atividade durante a noite e preparar o terreno para o novo dia, limitando-se a tratar apenas as reativações.
Hoje, foram registados sete bombeiros com ferimentos ligeiros, resultantes de queimaduras e de um pequeno acidente em que um veículo tombou. Até agora, o incêndio causou um total de 39 feridos ligeiros, sendo 21 operacionais e 18 civis.
Este incêndio é consequência da fusão de dois focos distintos, um em Sátão (Viseu) e outro em Trancoso (Guarda), que se alastrou a 11 municípios. As áreas afetadas incluem Sátão, Sernancelhe, Moimenta da Beira e outros municípios da região.
O incêndio em Vila Boa foi detetado às 01:03 de quarta-feira, e rapidamente alastrou a Sernancelhe e Aguiar da Beira. Por sua vez, o incêndio de Freches, em Trancoso, foi alertado a 09 de outubro.
Às 21h40, as operações de combate contavam com 835 operacionais em Sátão e 428 em Trancoso, apoiados por um total de 421 veículos.