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Incêndio no Fundão Agrava-se, Preocupação Aumenta no Combate às Chamas

O incêndio no Fundão intensificou-se durante a tarde, especialmente na direção de Castelo Novo, com a situação na frente de Souto da Casa alarmante, alertou o presidente da câmara.

20/08/2025 23:18
Incêndio no Fundão Agrava-se, Preocupação Aumenta no Combate às Chamas

O incêndio rural que lavra na região do Fundão registou um significativo agravamento ao início da tarde, particularmente na linha de fogo que se direciona para Castelo Novo. A frente em Souto da Casa encontra-se descontrolada, conforme revelou Paulo Fernandes, presidente da câmara, em declarações à agência Lusa.

“A situação deteriorou-se consideravelmente ao princípio da tarde, tornando as chamas muito mais graves do que se apresentavam durante a manhã”, afirmou o autarca.

Na sua comunicação, feita pelas 16:50, Fernandes informou que foram mobilizados alguns recursos no combate às chamas, com destaque para os meios aéreos que se mostraram “muito valiosos” pela manhã. Contudo, a falta de continuidade desses recursos aéreos no início da tarde complicou a luta contra o incêndio. “Embora tenhamos reforçado os recursos apeados, dada a descontrolada evolução das chamas, é necessário um aumento considerável dos meios disponíveis”, frisou.

O autarca também mencionou que, após contacto com o município de Mafra, uma máquina de rasto está a ser disponibilizada, enquanto outra já opera no terreno. “Precisamos de mais recursos”, reiterou.

Apesar das dificuldades, a frente de incêndio nas proximidades de Açor encontra-se controlada. No entanto, Paulo Fernandes expressou a sua profunda preocupação face ao risco elevado na serra da Gardunha, tanto no lado sul como no norte, o que torna a situação “muito mais perigosas”.

Este incêndio teve início no dia 13, em Arganil, no distrito de Coimbra, e estendeu-se aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital, em Coimbra, assim como a Seia, na Guarda, e Covilhã e Castelo Branco, no distrito de Castelo Branco.

Desde julho, Portugal continental tem sido alvo de múltiplos incêndios rurais, especialmente nas regiões Norte e Centro. Até à data, estes incêndios já provocaram três mortes, incluindo a de um bombeiro, e vários feridos, incluindo alguns em estado grave. A devastação inclui a destruição total ou parcial de habitações, quer de primeira quer de segunda habitação, além de explorações agrícolas e áreas florestais.

Conforme os dados provisórios, até 20 de agosto, foram consumidos mais de 222 mil hectares de floresta em todo o país, situação que ultrapassa a área ardida em todo o ano de 2024.

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