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Incêndio em Seia avança rapidamente para a Covilhã

O incêndio que começou em Seia já atingiu Pedras Lavradas e avança em direção à Erada, levando à ativação do Plano Municipal de Emergência na Covilhã.

17/08/2025 18:40
Incêndio em Seia avança rapidamente para a Covilhã

A frente de fogo de Teixeira, resultante do incêndio no concelho de Seia, avançou para além das Pedras Lavradas, no Parque Natural da Serra da Estrela, progredindo de forma alarmante em direção à freguesia da Erada, na Covilhã, como foi comunicado pela autarquia local.

Num comunicado divulgado às 17h30 na rede social Facebook, o município covilhanense informou que a situação se mantém crítica, especialmente na anexa de Trigas, onde medidas de confinamento estão a ser implementadas. A Estrada Nacional (EN) 230 entre Erada e Trigais foi cortada para garantir a segurança dos cidadãos.

Em paralelo, a autarquia também relatou que a frente de fogo de Meãs, proveniente do concelho de Pampilhosa da Serra, está a caminhar em direção a São Jorge da Beira.

A Câmara Municipal da Covilhã apela à população para que tomem as devidas precauções e evitem a circulação pelas estradas afetadas.

Na sequência da situação, a Câmara ativou o Plano Municipal de Emergência e Proteção Civil na sexta-feira, permitindo a mobilização de recursos e mecanismos necessários para apoiar as operações de socorro na luta contra o fogo, que se iniciou na manhã de quarta-feira, alastrando-se de Arganil para a região de Sobral de São Miguel e São Jorge da Beira.

O incêndio, que teve início na madrugada de quarta-feira em Piódão (Arganil), já se espalhou para os concelhos vizinhos de Oliveira do Hospital e Pampilhosa da Serra, assim como para Seia e Covilhã.

Às 18:30, conforme reportado pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estavam mobilizados para combater o incêndio de Arganil um total de 937 operacionais, acompanhados por 315 viaturas e dez meios aéreos.

O continente português tem enfrentado uma série de incêndios rurais desde julho, especialmente nas regiões Norte e Centro, num cenário marcado por temperaturas elevadas que resultou na declaração de alerta até domingo.

Esses incêndios já causaram uma vítima mortal e vários feridos, maioritariamente com lesões sem gravidade, além de terem destruído casas e propriedades agrícolas e florestais.

Portugal ativou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil, prevendo a chegada, na próxima segunda-feira, de dois aviões Fire Boss para auxiliar no combate às chamas.

Dados provisórios indicam que, até 16 de agosto, cerca de 139 mil hectares de território arderam no país, uma área 17 vezes superior à do mesmo período em 2024, tendo quase metade dessa área sido consumida em apenas dois dias desta semana.

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