Incêndio em Arganil continua a ameaçar áreas circundantes enquanto esforços para o controlar prosseguem

O incêndio que se espalha por Arganil há cinco dias ainda apresenta uma frente activa entre as localidades de Porto Castanheiro e Relvas. O presidente da câmara municipal, Luís Paulo Costa, comentou que durante a noite o fogo progrediu pela serra, atingindo a cumeada e posicionando-se em linha com a aldeia de Relvas, localizada na União de Freguesias de Cepos e Teixeira, ao sudeste da sede do concelho.

O autarca explicou que a situação está sob controlo relativamente à abertura de aceiros: “Os meios estiveram activos toda a noite, com máquinas de rasto a abrir caminhos para limitar a propagação do incêndio”. No entanto, alertou para a “única porta” que permanece aberta nesta área, uma encosta íngreme que impossibilita o acesso de maquinaria pesada. Aqui, os meios aéreos podem ser determinantes para finalmente domar as chamas que começaram perto do Piódão às 05h00 de quarta-feira e se alastraram a quatro concelhos dos distritos de Coimbra, Guarda e Castelo Branco.

Apesar de as previsões climáticas indicarem uma ligeira descida nas temperaturas durante o dia, o presidente da câmara advogou que isso não é suficiente para extinguir o incêndio: “Precisávamos mesmo de chuva, mas parece que o São Pedro não está do nosso lado”, lamentou.

A frente que operava na freguesia da Benfeita, próxima da aldeia, foi extinta, mas permanecem vários pontos quentes sob vigilância. Esta frente havia descido a montanha e chegado perto da aldeia de Benfeita, afectando também povoações como Pai das Donas e Luadas.

Até às 10h40 de hoje, conforme a informação da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, estavam mobilizados para o incêndio em Arganil 838 operacionais, com o apoio de 295 viaturas e quatro meios aéreos.