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Incêndio devasta 3.000 hectares na Serra do Alvão, entre Vila Real e Mondim de Basto

Um incêndio que deflagrou em Vila Real e se alastrou a Mondim de Basto já destruiu cerca de 3.000 hectares, afetando severamente a biodiversidade e a economia local.

06/08/2025 14:00
Incêndio devasta 3.000 hectares na Serra do Alvão, entre Vila Real e Mondim de Basto

Um incêndio rural significativo e devastador começou no passado sábado em Sirarelhos, no município de Vila Real, e, após uma intensificação, estendeu-se a Mondim de Basto. Até à manhã de hoje, a área ardida foi avaliada em cerca de 3.000 hectares, segundo os presidentes das câmaras municipais contactados pela Lusa.

O presidente da Câmara de Vila Real, Alexandre Favaios, sublinhou que esta é a primeira avaliação do ocorrido, destacando que a recuperação da biodiversidade, sobretudo no Parque Natural do Alvão, será um longo processo. “O impacto é considerável e a recuperação da área afetada demorará anos”, lamentou o autarca.

Além dos danos ecológicos, o responsável referiu que a agricultura também sofreu consequências, embora a avaliação dos prejuízos ainda esteja em fase inicial. “O balanço não é otimista, porém, felizmente, não houve habitações afetadas”, acrescentou, reconhecendo a intensidade do fogo que ameaçou várias localidades.

Por sua vez, o presidente da Câmara de Mondim de Basto, Bruno Ferreira, assinalou que no seu concelho, a área ardida representa um terço do total. O autarca expressou preocupação com os danos à floresta e à paisagem. “Mais de 1.000 hectares ardidos no nosso território é alarmante, principalmente para a sustentabilidade e a economia local”, afirmou.

Além da floresta, o pasto também foi severamente danificado, o que levanta preocupações sobre o pastoreio extensivo, uma prática ainda comum na região. “As consequências a longo prazo são preocupantes e é necessário agir”, disse Ferreira, elencando setores como o turismo, a apicultura e a pastorícia como gravemente impactados.

Na área de Mondim de Basto, foram também destruídas algumas estruturas, incluindo uma casa de segunda habitação, uma casa florestal requalificada, apiários e a infraestrutura de abastecimento de água em Ermelo. “Há um impacto ambiental e económico significativo que requer uma avaliação abrangente por várias entidades”, concluiu.

Atualmente, a prioridade permanece no combate ao incêndio, com a esperança de que a situação possa ser controlada sem mais estragos.

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