IGAS irá monitorizar avaliações hospitalares após a trágica perda de um bebé
A IGAS acompanhará a análise dos hospitais que atenderam uma mulher grávida de 40 semanas, que lamentavelmente perdeu o bebé, mas não instaurará uma ação inspetiva.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) anunciou, na passada segunda-feira, que vai monitorizar as avaliações realizadas pelas cinco unidades hospitalares que atenderam a mulher grávida que perdeu o bebé ao atingir as 40 semanas de gestação. A instituição esclareceu que, embora irá acompanhar o processo, "não será instaurada uma ação inspetiva".
De acordo com relatos da comunicação social, a mulher, que se encontra na faixa etária dos 37 anos, procurou assistência em cinco hospitais da região de Lisboa e Setúbal durante um período de 13 dias, apresentando queixas de dores intensas. A IGAS, ao responder ao Notícias ao Minuto, afirmou que as entidades hospitalares estão a avaliar a situação com base nas competências das suas equipas de gestão e que irá acompanhar a continuidade dessa avaliação até que seja concluída.
No domingo, o Correio da Manhã destacou que a mulher, identificada como E.C., fez a sua primeira visita ao hospital a 10 de junho, quase a atingir as 40 semanas de gravidez, sendo então orientada pelo SNS24 para o hospital de Setúbal, onde foi informada de que "estava tudo bem". Após regressar ao Seixal, E.C. voltou a encaminhar-se ao hospital várias vezes, onde, apesar das dores persistentes, sempre recebeu o mesmo diagnóstico. No caso do Hospital Garcia de Orta e do Hospital do Barreiro, foram realizados exames que igualmente não indicaram anomalias.
Finalmente, a 21 de junho, E.C. deu entrada no Hospital de Santa Maria em Lisboa, onde foi decidido que o parto deveria ser induzido. No dia 22, após tentativas de parto normal sem sucesso, foi realizada uma cesariana de emergência. A bebé, que nasceu com 4525 gramas, apresentava batimentos cardíacos fracos e, apesar das tentativas de reanimação, não sobreviveu.
A ULS Almada-Seixal, responsável pelo Hospital Garcia de Orta, confirmou a entrada da grávida, destacando que o CTG realizado não mostrou "alterações patológicas" e que a mulher não apresentava critérios clínicos para internamento. Já a ULS do Arco Ribeirinho não conseguiu fornecer informações específicas sobre o caso. Por outro lado, a ULS de Santa Maria reiterou que as ecografias realizadas indicavam um crescimento fetal normal.