Hutis são acusados de sequestrar tripulação de navio no Mar Vermelho
Os EUA denunciam que os rebeldes hutis sequestraram membros da tripulação do MV Eternity C, após um ataque no Mar Vermelho, exigindo liberação imediata.

A embaixada dos Estados Unidos no Iémen, localizada em Riade, na Arábia Saudita, acusou os rebeldes hutis de terem sequestrado diversos sobreviventes da tripulação do navio MV Eternity C, que foi alvo de um ataque no Mar Vermelho.
“Os terroristas hutis raptaram muitos dos sobreviventes da tripulação do 'Eternity C'”, informaram os norte-americanos na rede social X, depois de relatar que o navio foi afundado e alguns membros da tripulação foram mortos. A embaixada exigiu a “libertação imediata e incondicional” dos sequestrados.
Este ato representa o segundo ataque perpetrado pelos hutis em poucos dias, uma vez que no domingo passado um navio graneleiro denominado "Magic Seas" também foi atacado.
De acordo com a operação Atalanta, da força naval da UE contra a pirataria no Índico, o cargueiro grego "MV Eternity C" transportava uma tripulação composta por 21 filipinos e um cidadão russo, além de três agentes de segurança, quando foi alvo de ataque.
A União Europeia, na segunda-feira, pediu o cessar imediato dos ataques dos hutis no Mar Vermelho, considerando-os uma “grave escalada” que compromete a segurança da navegação marítima global.
Os hutis, apoiados pelo Irão, têm realizado numerosos ataques contra Israel e embarcações comerciais no Mar Vermelho desde o início do conflito na Faixa de Gaza, que teve início a 7 de outubro de 2023, em apoio ao movimento palestiniano Hamas.
Os rebeldes hutis do Iémen fazem parte do chamado “eixo de resistência” contra Israel, que conta também com outros grupos extremistas da região, como o Hamas, a Jihad Islâmica e o Hezbollah libanês.