Política

Hugo Soares defende diálogo com Chega e reafirma compromisso do PSD

O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, garantiu que o compromisso "não é não" ao Chega permanece, mas ressalvou que se refere apenas a coligações formais, não a negociações parlamentares.

há 7 horas
Hugo Soares defende diálogo com Chega e reafirma compromisso do PSD

Na sua intervenção inaugural durante as jornadas parlamentares do PSD/CDS-PP, realizadas em Évora, Hugo Soares abordou as recentes críticas que recebeu acerca da sua postura em relação ao Chega. O líder parlamentar do PSD esclareceu que o compromisso de dizer "não é não" ao partido de André Ventura se aplica exclusivamente a coligações pré-eleitorais e a acordos formais após as eleições.

Soares lamentou que alguns comentadores o tivessem apelidado de "coveiro do não é não" em virtude das negociações que envolveram o Chega, especialmente no que diz respeito às leis de imigração. "Durante a campanha eleitoral e fora dela, deixámos claro que não faremos uma coligação pré-eleitoral com o Chega e que o mesmo se aplica a coligações pós-eleitorais", declarou o líder do PSD.

Sobre as interações parlamentares com o Chega, Soares recordou que essas já ocorriam na legislatura anterior, afirmando que, nesse contexto, "o 'não é não' já havia sido posto de lado há dois anos, quando falei diversas vezes com o Chega e com o Partido Socialista".

Ele enfatizou a distinção entre manter "maiorias parlamentares formais", onde se mantém a posição de "não é não", e o diálogo democrático com todos os partidos com representação parlamentar. "Sempre dissemos que estávamos abertos a conversar", afirmou.

Soares também recordou que tanto ele como o primeiro-ministro, quando questionados sobre possíveis coligações, sempre afirmaram estar dispostos a dialogar com todos os partidos, incluindo o PS, o Chega e até a extrema-esquerda, caso estes demonstrassem interesse.

Para o líder do PSD, as últimas semanas foram decisivas para demonstrar a viabilização de acordos múltiplos. Como exemplo, mencionou a descida de impostos e a criação de uma nova unidade da Polícia de Estrangeiros e Fronteiras, que foram apoiadas em conjunto com o PS e o Chega. Soares elogiou esses partidos por se abrirem às propostas da AD, que anteriormente tinham rejeitado.

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