Governo promete reforçar combate a incêndios e apela à responsabilidade cidadã
O Primeiro-Ministro, Luís Montenegro, garantiu que o Governo não terá falhas na luta contra os incêndios, insistindo na importância da responsabilidade coletiva diante da situação de alerta prolongada.

O Primeira-Ministro, Luís Montenegro, destacou, nesta quinta-feira, que o Governo se compromete em "tomar todas as medidas" necessárias para fortalecer a luta contra os incêndios que têm afetado o país. Durante uma visita à Feira de São Mateus, em Viseu, reiterou a importância de um "sentido de responsabilidade e unidade" entre os cidadãos, sublinhando que afirmar que existem "falhas de meios humanos" é um erro.
"Este ano, dispomos do maior dispositivo de sempre para responder a qualquer ocorrência. O nosso objetivo é que o número de incidentes, bem como a sua gravidade, seja o menor possível", expressou Montenegro aos jornalistas.
O Primeiro-Ministro frisou a necessidade de atuação governamental nos momentos críticos e referiu que existem duas vertentes fundamentais: "a prevenção e o combate". "Devemos reduzir comportamentos de risco, especialmente quando as condições climatéricas são desfavoráveis", acrescentou.
Montenegro apelou à população para que todos colaborem e não intensifiquem uma situação que já causa imenso sofrimento. "Dizer que há falhas nos meios humanos não é uma afirmação correta", afirmou.
Reconhecendo que os recursos, tanto humanos como operacionais, têm limites, o Primeiro-Ministro deixou um agradecimento especial a todos os operacionais envolvidos no combate às chamas, salientando ainda a importância de otimizar as respostas do Governo. "Recentemente, decidimos adquirir dois kits que permitirão às aeronaves C-130 colaborar no combate a incêndios", revelou.
A capacidade desses kits, que podem transportar até 12 toneladas de água, representa uma melhoria significativa em relação a vedações anteriores. O Ministro da Defesa, Nuno Melo, havia previamente informado que esta aquisição, no valor de cerca de 16 milhões de euros, seria aprovada durante o Conselho de Ministros que ocorreu hoje.
A situação de alerta prolonga-se até 13 de agosto e, de acordo com a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, continuam em vigor as restrições às atividades agrícolas e recreativas em áreas rurais.
Os incêndios florestais já devastaram cerca de 42 mil hectares desde o início do ano, um número alarmante que representa um aumento significativo comparativamente ao mesmo período do ano passado, conforme os dados do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).