A Federação Nacional da Educação sugere que os resultados das colocações de professores sejam revelados até junho, visando uma maior estabilidade nas escolas e para os docentes.
A Federação Nacional da Educação (FNE) reiterou hoje que é possível antecipar o anúncio das colocações de professores para finais de maio ou início de junho, depois da divulgação das listas provisórias esta semana.
O secretário-geral da FNE, Pedro Barreiros, já havia solicitado oficialmente ao Ministério da Educação esta antecipação, ressaltando que tal medida ajudaria a proporcionar mais segurança a professores e instituições de ensino. "Evitar as incertezas provocadas por anúncios apenas no final de agosto é crucial para a estabilidade do sistema", afirmou.
Com a possibilidade de conhecerem as suas colocações ainda antes do término do ano letivo, os docentes terão a oportunidade de se prepararem para a nova fase. Simultaneamente, as escolas poderão planear melhor a alocação dos recursos humanos disponíveis.
No entanto, a FNE expressou a sua preocupação com o número limitado de colocações previstas, que considera insuficiente para cobrir as necessidades para o próximo ano letivo. "É imperativo que se desenvolvam alternativas para o recrutamento e a atração de mais professores", reforçou Barreiros.
Entre as suas reivindicações, a FNE destaca igualmente a necessidade de um aumento no investimento em educação e a implementação de políticas que valorizem a carreira docente.
Com base numa portaria publicada em março, espera-se que mais de 5.600 professores integrem os quadros a partir do próximo ano letivo, num contexto onde foram abertas 11.000 vagas para concursos de colocação.
Contudo, diretores escolares já haviam alertado em abril para o facto de que este número de vagas poderia ser insuficiente face às reais necessidades das escolas.