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FNAM pronta para diálogo com novo Governo, mas exige soluções concretas

há 3 horas

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) manifestou a sua vontade de dialogar com o próximo Governo, alertando que o SNS precisa de soluções reais e não de medidas paliativas.

FNAM pronta para diálogo com novo Governo, mas exige soluções concretas

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) expressou, numa recente reunião em Coimbra, a sua abertura ao diálogo com o futuro Governo, reafirmando que a gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) não pode ser feita através de nomeações políticas ou medidas superficiais.

Joana Bordalo e Sá, presidente da FNAM, criticou duramente o atual Ministério da Saúde, considerando que está a promover "um desmantelamento do SNS" ao invés de uma organização eficaz. Um exemplo citado foi o encerramento de blocos de partos devido à falta de médicos, o que força as grávidas a deslocar-se longas distâncias ou a dar à luz em ambulâncias, situação que já ocorreu.

As dificuldades vão além da saúde materno-infantil; a presidente apontou que há uma crescente escassez de médicos de família, listas de espera cirúrgicas em aumento, pacientes à mercê de linhas telefónicas congestionadas e a crise no INEM sem responsáveis identificados, junto de uma onda de demissões nas administrações de unidades de saúde.

Critica também a gestão de Ana Paula Martins, destacando que é urgente desenvolver estratégias que atraiam e fixem médicos no SNS. "Este Ministério não conseguiu firmar acordos eficazes para reter os profissionais", sublinhou Joana Bordalo e Sá, que acredita que a retenção passa por "carreiras valorizadas, condições de trabalho dignas e salários justos".

Por fim, deixou uma mensagem ao próximo Governo: "A FNAM tem propostas, independentemente de quem vencer as eleições. O nosso objetivo é negociar e encontrar soluções duradouras". "O SNS não se gere com remendos; não podemos continuar a tapar buracos onde já não existe terreno", concluiu.

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#SaúdePública #NegociaçãoUrgente #FuturoSNS