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Fenprof defende uniformização do calendário escolar para todos os níveis de ensino

A Fenprof critica a disparidade no calendário escolar, alertando que a prolongação das aulas para o pré-escolar e 1.º ciclo não tem justificação pedagógica e compromete o bem-estar das crianças.

há 4 horas
Fenprof defende uniformização do calendário escolar para todos os níveis de ensino

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) manifestou a sua contestação em relação ao calendário escolar que tem sido aplicado, especialmente no que respeita ao pré-escolar e ao 1.º ciclo, cujas aulas terminam com um atraso de duas semanas em comparação com os restantes alunos. Este ano, as aulas para os níveis que não realizam exames finais encerraram a 27 de junho, enquanto os alunos do 9.º, 11.º e 12.º anos já haviam concluído o ano letivo a 6 do mesmo mês.

A Fenprof argumenta que essa diferença não se justifica pedagogicamente e que o prolongamento do período letivo serve unicamente para manter as crianças ocupadas, sem atender a necessidades educativas. “Estamos a falar de um sistema que parece mais preocupado em resolver problemas sociais do que em garantir um ambiente de aprendizagem saudável e positivo para os alunos”, referiu a federação em comunicado.

Os representantes dos professores destacam ainda que o calendário letivo atual, que se pretende manter para os próximos três anos, ignora o ritmo de aprendizagem adequado às crianças e acrescenta um encargo desnecessário tanto para os alunos como para os docentes. Esta situação agrava desigualdades e não considera as reais necessidades dos alunos, nem dos profissionais que os acompanham.

A Fenprof também sublinha as elevadas temperaturas que costumam ocorrer no final de junho, o que torna a experiência escolar desgastante e prejudica o bem-estar das crianças, especialmente as mais pequenas.

Portanto, a Fenprof apela a uma uniformização do calendário escolar, propondo que todas as aulas para os alunos que não realizam exames finais terminem na mesma data, garantindo assim uma igualdade de condições em todo o ensino básico, exceto no 9.º e 10.º anos. Além disso, a federação sugere o desenvolvimento de novas soluções para horários lúdicos que possam atender às necessidades das famílias.

Recentemente, a Fenprof solicitou ao Governo a abertura de negociações sobre a organização do próximo ano letivo, cujo calendário já foi definido há um ano, assim como os dois anos subsequentes.

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