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Fenómeno de tornado de fogo assola Aguiar da Beira em meio a incêndios devastadores

Na noite de sexta-feira, Aguiar da Beira registou um tornado de fogo durante os incêndios que afetam a região, marcando já dois eventos semelhantes na última semana.

há 9 horas
Fenómeno de tornado de fogo assola Aguiar da Beira em meio a incêndios devastadores

Na passada noite de sexta-feira, Aguiar da Beira, no distrito da Guarda, foi palco do que se designa por tornado de fogo, um fenómeno raro que tem vindo a ocorrer com frequência alarmante em Portugal. Este evento foi captado em vídeo e rapidamente partilhado nas redes sociais, onde se pode observar um redemoinho de chamas a erguer-se num cenário devastado por incêndios.

O tornado de fogo forma-se em condições de calor extremo, fazendo com que o ar se aqueça e comece a girar, originando um vórtice que não transporta apenas chamas, mas também cinzas e outros detritos que estão em combustão.

Este incêndio teve início na madrugada de quarta-feira, em Vila Boa, no concelho de Sátão, e rapidamente se espalhou para Sernancelhe e Aguiar da Beira. Vale lembrar que este não é um fenómeno isolado; um tornado de fogo já tinha sido reportado no incêndio em Moimenta da Beira, a 9 de agosto.

Os incêndios em Portugal têm-se intensificado, com a área ardida a atingir aproximadamente 75.000 hectares até a quinta-feira, 14 de agosto, sendo mais de metade desta área consumida nas últimas três semanas. Este ano, a área afectada é nove vezes superior à registada no mesmo período do ano anterior, tornando-se assim a segunda maior desde 2017.

Infelizmente, os incêndios também cobraram vidas. Carlos Dâmaso, um antigo autarca de Vila Franca do Deão, foi a primeira vítima mortal associada a este ano de incêndios devastadores. Carlos perdeu a vida enquanto tentava proteger a sua aldeia e os seus habitantes, uma perda que foi lamentada por muitas figuras públicas, incluindo o Presidente da República e outros líderes políticos.

Face a este cenário, a ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, anunciou que a situação de alerta vai ser prolongada até ao dia 17 de agosto, destacando que as restrições e proibições associadas ao risco elevado de incêndio continuam em vigor. Desde 2 de agosto, Portugal está sob alerta devido à ameaça constante de fogo.

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